Se tem um campeonato em que os favoritos não costumam se dar muito bem, é a F-Regional by Alpine, também conhecida como FRECA.
No ano passado, Grégoire Saucy, que até então nunca tinha ganhado uma corrida em sua carreira, superou nomes mais badalados para ser campeão de forma dominante. Em, 2022 foi Dino Beganovic quem repetiu a dose de maneira parecida.
Integrante da Academia da Ferrari, o sueco de 18 anos de idade tinha sido apenas o 13º na tabela de 2021, com um único pódio conquistado. Para a atual temporada, não estava entre os mais cotados. Os favoritos eram Hadrien David, Gabriele Mini e Paul Aron, seu companheiro na Prema.
Mas desde a primeira corrida deste ano Beganovic mostrou que tinha, sim, condições de ficar com o título. Iniciou a campanha de forma arrasadora: com três vitórias e quatro segundos lugares nas primeiras sete corridas. Depois, houve uma ligeira queda de desempenho, mas ganhou mais uma vez, em Spa-Francorchamps, e subiu ao pódio em outras quatro oportunidades para assegurar a taça com uma corrida de antecipação.
A conquista do sueco veio no mesmo dia em que Andrea Kimi Antonelli garantiu o campeonato da F4 Italiana — antes, já tinha vencido a F4 Alemã.
Esses triunfos, em especial o de Beganovic na FRECA, acabam por salvar um ano horrível da Prema nas categorias de base da F1.
Se na temporada passada o time conquistou o título da F2, com Oscar Piastri, e o da F3, com Dennis Hauger, desta vez não teve nenhum de seus representantes com grandes chances de repetir a dose.
O péssimo 2022 da Prema na F2 e na F3
Na F2, a situação é a mais calamitosa. Para 2022, a esquadra apostava na experiência de Jehan Daruvala, em seu terceiro ano na categoria, e na promoção de Hauger para defender o título. Mas, faltando somente a etapa de Abu Dhabi, o indiano é apenas o quinto na tabela, sendo o mais bem classificado da dupla. Hauger, com duas vitórias, mas 17 provas fora da zona dos pontos, é o 11º.
Não dá para apontar um único motivo para a falta de resultado da Prema nas categorias de base da F1. Um deles pode ter sido a escolha errada de pilotos: muitas apostas em promessas e em gente que ainda não engrenou, enquanto os adversários foram atrás de quem já estava mais pronto, como é o caso de Felipe Drugovich, campeão da F2 pela MP, e de Victor Martins, ganhador da F3 pela ART.
Mas também não se pode ignorar que, no segundo semestre do ano passado, a Prema foi adquirida pela família Schiavoni, que já era proprietária da esquadra Iron Lynx. Antes o time tinha Lawrence Stroll como dono. Com os novos proprietários, veio um foco maior nas corridas de longa duração e a entrada no WEC e na ELMS — a Prema é especulada como equipe de fábrica da Lamborghini quando os protótipos LMDh da marca italiana estrearem em 2024.
Assim, com a expansão da escuderia para esses campeonatos, a Prema pode ter enfraquecido seus times na F2 e na F3, o que contribuiu para o rendimento abaixo do esperado em 2022. Agora, resta ver se com Beganovic, Antonelli e cia. a escuderia vai voltar aos dias de glória em 2023.
Você pode clicar aqui para conferir os resultados completos da rodada decisiva da F-Regional by Alpine, em Mugello, assim como os das demais principais categorias do automobilismo mundial no fim de semana.

O ano da Prema tá longe de ter sido horrível . Campeã da F4 italiana e Alemã , campeã da Freca , campeã de equipes da F3 , campeã da ELMS no ano fe estréia . Só não foi bem na F2 mesmo
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