Daniel Ricciardo
Antes impensável, a ligação entre Red Bul e Hispania começa a ficar mais forte

A estreia de Daniel Ricciardo na F1 pela Hispania, neste domingo, dia 10, em Silverstone culminou em uma estatística curiosa: o australiano é o quarto piloto (ou ex-piloto) Red Bull a passar pela equipe de Ramón Carabante.

Além do atual piloto, o time espanhol já contou com Karun Chandhok, Christian Klien e Vitantonio Liuzzi, que tiveram laços com os taurinos.

Chandhok fez parte da dupla com a qual a Hispania estreou em 2010. O piloto não contava mais com o apoio dos energéticos, mas estes o acompanharam até 2008, quando disputou a GP2 pela iSport ao lado de Bruno Senna (que viria a ser companheiro na F1). Mesmo liberado pela empresa de Dietrich Mastechitz, até hoje o asiático aparece fazendo alguns freelancers para eles, como a volta de exibição no autódromo da Índia, que ainda está em construção.

Quando foi chutado pelos Carabante, Chandhok deu lugar a Christian Klien, que chegou à F1 em 2004 correndo pela Jaguar e apoiado justamente pelos energéticos. Quando a Red Bull comprou a equipe inglesa, o piloto foi mantido no time. Mas antes de se firmar como titular da nova equipe, o austríaco encarou e venceu um rodízio com Vitantonio Liuzzi, então campeão da F3000. Curiosamente, Klien deixou a Hispania ao final de 2010 e foi substituído justamente pelo italiano na nova temporada.

Salvo Ricciardo, a Red Bull não teve participação na chegada de nenhum deles ao time espanhol. Em alguns casos, como Klien e Liuzzi, os pilotos sequer mantinham ligações com a empresa austríaca. Ainda assim, é um dado curioso.

Karun Chandhok
Karun Chandhok já teve seus dias de Sebastian Vettel na Red Bull

Levando em conta que a Red Bull e a Toro Rosso só contaram com dez pilotos até hoje: David Coulthard, Klien, Liuzzi, Robert Doornbos, Mark Webber, Sebastian Vettel, Scott Speed, Sebastien Bourdais, Sebastien Buemi e Jaime Alguersuari, o time de Carabante só perde para essas duas equipes em relação a pilotos taurinos no elenco.

O segundo lugar – até onde consegui pesquisar – curiosamente é da extinta Minardi que teve Webber, Doornbos e Patrick Freisacher. Desses, porém, o australiano só foi ter ligação com Mastechitz anos depois da passagem pelo time italiano. Em terceiro lugar aparece Williams com David Coulthard e Webber (e novamente ambos ainda não tinham suporte da empresa de bebidas).

Esse dado ainda revela outra curiosidade sobre a Hispania. Com os quatro rubro-taurinos, o time espanhol já teve sete pilotos na sua história (de 1 ano e meio). A Virgin, por exemplo, teve três, enquanto a Lotus, apenas dois. A efeito de comparação, a própria Red Bull teve seis (!) desde que estreou. De qualquer forma, a constante troca de pilotos é uma das características marcantes das equipes pequenas na história da F1, ainda mais por conta da falta de dinheiro dessas organizações.