
O World of Motorsport estreia hoje uma nova seção, Origens, que vai desvendar o que grandes pilotos faziam em suas carreiras antes de alcançar a glória no automobilismo. Quem abre essa nova página é Sam Hornish Jr, vencedor da etapa da Nationwide, em Las Vegas, neste sábado, dia 9.
O americano ganhou destaque no esporte a motor ao conquistar o bicampeonato da Indy, entre os anos de 2001 e 2002, pilotando o carro amarelo da Panther e tendo vencido nomes como Helio Castroneves e Gil de Ferran. Depois disso, ainda levou mais um título competindo pela Penske, até fazer a transição para a Nascar, onde tenta se firmar até hoje.
Mas obviamente a carreira dele começou muito antes de ser contratado pela Penske. Mais precisamente em 1990, quando Sam Hornish Sr, o pai do piloto, comprou um kart para que pudesse passar mais tempo com o filho, sendo o mecânico, enquanto o garoto pilotava.
Nos carrinhos, Hornish Jr conquistou alguns campeonatos nos Estados Unidos e no Canadá, antes de fazer a transição para os monopostos. O problema é que depois disso em momento algum deslanchou. Durante muito tempo, ele só conseguia avançar à próxima categoria porque estava no lugar certo e na hora certa, além de impressionar os empregadores quando ganhava uma oportunidade.
Para começar a fase irregular, Hornish disputou a F2000 e a USF2000 entre 1996 e 1998, mas sem obter grandes resultados. Nesta última, ele fechou a temporada 1998 apenas na sétima colocação, com dois pódios em 14 corridas, ficando atrás de nomes como David Besnard, Robbie McGehee e Andy Lally, que tiveram pouco ou nenhum destaque nas respectivas carreiras.

Mesmo assim, Hornish descolou uma transferência para a F-Atlantic no ano seguinte. Só que mais uma vez o desempenho não foi tão bom. Correndo pela equipe de Michael Shank, o piloto até conquistou uma vitória, mas concluiu o ano mais uma vez em sétimo, atrás de Alex Tagliani, Buddy Rice e do campeão Anthony Lazzaro, hoje militante do endurance. Como prêmio de consolação, o futuro piloto da Penske foi o novato mais bem classificado.
Por isso, a lógica seria que Hornish continuasse no certame por mais um ano, onde tentaria disputar o título. Foi isso o que Buddy Rice fez. Mas Sam tinha planos diferentes. Disposto a realizar o sonho da vida e correr na Indy, o americano fechou contrato com a pequena equipe PDM para disputar oito das nove corridas da temporada 2000.
Por estrear em um time pequeno, o piloto teve um ano de altos e baixos. Patrocinado pela empresa da família, Hornish impressionou logo de cara ao conquistar o terceiro lugar na corrida de Las Vegas – vejam que coincidência –, além de terminar em nono no Kentucky, onde liderou por 38 voltas. Porém, nas demais seis corridas, abandonou cinco e terminou 28 voltas atrás em outra.
Como acontece com tantos outros pilotos, a carreira da Hornish poderia ter acabado aí. Com o dinheiro da família terminando e sofrendo com um carro ruim, a única chance de seguir na Indy seria arrumar algum patrocinador. Por outro lado, o bom desempenho em Las Vegas e no Kentucky chamou a atenção de alguns times grandes, entre eles a Panther, que estava com uma vaga em aberto para o ano seguinte devido à aposentadoria de Scott Goodyear.
Hornish, porém, não era o primeiro nome na lista do time de John Barnes. O dirigente estava em dúvida entre três pilotos e adiava ao máximo a decisão de quem seria contratado. Após a corrida do Kentucky, o chefão da Panther resolveu dar umas voltas pelo infield do circuito enquanto pensava sobre o novo contratado.

Conforme contou ao site da própria escuderia americana, Barnes disse que pediu um sinal divino para saber qual dos três deveria contratar para 2001. Quando voltou às garagens, viu Hornish saindo de uma porta e não teve dúvidas. Fez a proposta ali mesmo e alguns dias depois o contrato já estava assinado. Lembra aquela coisa de estar no lugar certo e na hora certa? Então…
Com o contrato assinado com a Panther, Hornish não precisou mais se preocupar com patrocínio, já que contava com o apoio da Pennzoil. Em três anos juntos, conquistaram dois títulos e um quinto lugar na tabela de pontos.
Não tenho muitas dúvidas de que Hornish foi o maior piloto da história da Indy. Mesmo correndo por uma equipe pequena como a Panther – se comparada a gigantes como Penske, Andretti e Ganassi – o americano sempre esteve um nível acima dos adversários e era mestre em ultrapassar pelo lado de fora, algo pouco explorado naquela época.
Além disso, ele teve a sorte de viver a Indy no momento certo, quando todas as corridas eram disputadas em ovais, tipo de traçado em que era mestre. Era um Will Power às avessas, portanto, mas sem precisar se preocupar com os mistos.
Sem dúvida foi o melhor em ovais dos últimos tempos. Campeão em ganhar corridas em 2 wide e 3 wide com ultrapassagens quase no momento da quadriculada. Na Nascar na minha opinião, nunca foi mal, estava se adaptando e sofreu com falta de patrocínios, além de ter sido forçado a dar um passo maior que a perna tendo que disputar a Sprint Cup com pouca experiência.
Depois de passar por uma época de não correr full season, está se firmando na Nationwide e vem muito forte pra disputa do título esse ano. Por ser muito consistente e já ter começado bem e com vitória, liderando com certa folga o início do campeonato, é o piloto a ser batido.
O engraçado que sempre odiei ele na Indy por ser a pedra no sapato da legião de brasileiros que andava bem na época. Agora torço por ele e pela equipe Penske.
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“Parabens” por jogar 102 anos de história no lixo ao proferir certas palavras sobre Sam Hornish Jr. Uma dica: Se você não sabe o que está falando. Não dê o seu parecer para não passar ridiculo.
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Oi Robson, tudo bem?
Não obrigo voce a concordar com minha opinião sobre o Hornish. Pelo contrário, você é livre para discordar. Só achei seu comentário infeliz e deselegante.
Peço a você que, quando quiser comentar por aqui, basta apenas discordar da ideia e colocar seu ponto de vista. Do contrário, serei obrigado a banir sua participação nos comentários. Obrigado
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Se me permite Robson falar, acho que voce faltou com o respeito com o profissional e ser humano Felipe….não conheço tal jornalista mas acho que voce não tem o direito de falar com as pessoas desse modo…vivemos numa democracia e o que não nos agrada, não participamos mas se participar, não tem o direito de ofender…
Felipe, voce foi educado na resposta, ponto pra voce pois vai enfrentar muito disso durante a sua vida profissional….não concordo mas respeito a sua opinião e acho o seu blog muito bom…abraços
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Nossa, que nego escroto.
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O maior piloto da Indy, você não esta exagerando não???????
Dá pra citar alguns mitos: andreti, unser, foyt, Emerson, mears, dentre outros
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Boa observação. Eu quis dizer da Indy atual, a que surgiu a partir da separação das categorias, em 1996
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Mesmo considerando a Indy atual, não considero o maior. O Dario Franchitti está um nível acima do Sam Hornish Jr.
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