
Antes de começar o texto de hoje aqui no World of Motorsport, quero pedir desculpas pelo blog ter ficado sem atualização nos últimos dias. É que nesse tempo estive no Anhembi para fazer a cobertura da Indy para o Grande Prêmio e não sobrou muito tempo livre para escrever algo após cerca 14h de expediente diárias.
Apesar disso, não foi só a categoria norte-americana que correu neste fim de semana. Quem também foi à pista foi a F3 Europeia, para a terceira etapa da temporada 2013, em Hockenheimring. Um dos destaques da rodada foi a retomada da parceria entre Red Bull e Carlin, que havia ficado de certa forma desgastada com o fiasco de Carlos Sainz Jr na F3 Inglesa no ano passado.
Juntas, Carlin e Red Bull já haviam conquistado o título da F3, entre 2008 e 2010, com Jaime Alguersuari, Daniel Ricciardo e Jean-Éric Vergne, mas a empresa austríaca resolveu focar na GP3 neste ano – e apoiando a equipe MW Arden –, após Sainz sequer ter brigado pelo caneco na temporada passada.
Entretanto, a fabricante de energéticos ainda tem um representante na F3 Europeia em 2013: Tom Blomqvist, da Eurointernational. O britânico, na verdade, já havia assinado contrato com a escuderia italiana no fim de 2012, antes de ser chamado pelos rubro-taurinos no início deste ano. Por isso, a empresa decidiu deixá-lo no time.
Só que Blomqvist não começou o campeonato bem. Nas seis corridas disputadas em Monza e em Silverstone, o piloto subiu ao pódio apenas uma vez e terminou no top-5 em outra oportunidade. Fora isso, ainda houve dois décimos lugares, além de duas corridas fora da zona dos pontos.

Para tentar mudar a situação, a Eurointernational resolveu fazer algumas alterações. O time fez uma aliança técnica com a Romeo Ferraris, que acabou deixando o campeonato na última etapa. Fora isso, na última semana, Carlos Sainz Jr foi convocado pela Red Bull para testar pelo time italiano a fim de desenvolver o equipamento.
O envolvimento dos rubro-taurinos na recuperação da Eurointernational parecia que ia continuar quando a lista de inscritos para Hockenheim foi divulgada. Além dos pilotos regulares, quem também estava confirmado era Daniil Kvyat, mais um do programa da RBR. O problema é que o russo estava escalado para competir pela Carlin e não pelo time italiano.
Kvyat, aliás, até começou o fim de semana em alta, cravando a pole-position para a terceira corrida de etapa logo na estreia. Consequentemente, Blomqvist começou a ficar pressionado, afinal, mesmo sendo um veterano no campeonato, ele começou a ser superado com facilidade pelo colega russo.
Só que a pressão deu resultado. Blomqvist terminou na terceira colocação duas vezes, pulando para a sétima colocação no campeonato, com 62,5 pontos. O líder é Raffaele Marciello, da Academia da Ferrari, bem distante, com 171,5.
É muito cedo para falar qualquer coisa, mas já vimos essa história antes. Quando a Red Bull começa a testar outros pilotos e avaliar novas opções, é sempre um sinal de que mudanças drásticas podem acontecer.