Vitor Baptista venceu a Euroformula Open em 2015
Vitor Baptista venceu a Euroformula Open em 2015

Vitor Baptista garantiu no último fim de semana o título da Euroformula Open, a primeira conquista de um brasileiro em uma categoria de base relevante do continente europeu desde Felipe Nasr, em 2011, na F3 Inglesa e Nicolas Costa, na F-Abarth, no ano seguinte.

O piloto da RP encaminhou a taça com uma sequência de quatro vitórias entre a etapa do Red Bull Ring, em julho, e a primeira prova de Monza, no começo de outubro.

Nesse tempo, Baptista assumiu a liderança da tabela de pontos, jogando a pressão para Konstantin Tereschenko.

O russo, percebendo o momento melhor do brasileiro, se envolveu em um acidente na segunda bateria de Monza, permitindo que Baptista chegasse na etapa decisiva, em Barcelona, precisando apenas administrar a vantagem.

Com a vitória de Tereschenko na primeira bateria na Espanha e o terceiro lugar do brasileiro, Baptista seria campeão no domingo caso completasse a última prova em quarto, independentemente do resultado do adversário.

Ele foi o quinto. Mas como Daniel Juncadella e Ferdinand Habsburg, terceiro e quarto, respectivamente, não somavam pontos por serem convidados, o brasileiro ficou com a taça, mesmo após um novo triunfo de Tereschenko.

Com quatro vitórias seguidas, o brasileiro se aproximou do título
Com quatro vitórias seguidas, o brasileiro se aproximou do título

É verdade que o desempenho de Baptista não foi bom na etapa final, e ele foi beneficiado por dois adversários à frente serem convidados. No entanto, ele contava com o regulamento e fez o que precisava para ser campeão, com uma postura mais conservadora e sem sofrer riscos desnecessários.

Com o título, o jovem piloto vai se tornando uma das principais referências do automobilismo brasileiro, em uma geração fortíssima, embora receba menos destaque que os contemporâneos Pedro Piquet e Pietro Fittipaldi, que têm aliado títulos menores aos sobrenomes famosos.

Baptista, aliás, foi quem mais se aproximou de Piquet na temporada passada da F3 Brasil. Mesmo com um carro da divisão Light, venceu três vezes na classificação geral, terminando com o título entre os F301.

Neste ano, acertou em cheio ao fechar com a RP, a melhor equipe da Euroformula Open, e conquistou o título em um grid cheio de pilotos no segundo ano na categoria e jamais tendo sido pressionado por novatos talentosos como Leonardo Pulcini, Alessio Rovera e Diego Menchaca.

Com a taça, agora está na hora de ele se estabelecer nos mercados principais, como a GP3, F3 Euro ou F3.5 V8.

Ele testou pela última nesta quarta-feira, dia 4, mas não foi bem. Com o carro da Lotus, a mesma equipe que levou Mathieu Vaxivière ao vice deste ano, foi o penúltimo entre os 22 pilotos em Aragón.

Se ele for correr pela F3.5 no ano que vem, um caminho provável, já que a equipe RP estreará neste certame, acumular quilometragem parece ser extremamente necessário para o piloto neste momento.