Vitor Baptista garantiu no último fim de semana o título da Euroformula Open, a primeira conquista de um brasileiro em uma categoria de base relevante do continente europeu desde Felipe Nasr, em 2011, na F3 Inglesa e Nicolas Costa, na F-Abarth, no ano seguinte.
O piloto da RP encaminhou a taça com uma sequência de quatro vitórias entre a etapa do Red Bull Ring, em julho, e a primeira prova de Monza, no começo de outubro.
Nesse tempo, Baptista assumiu a liderança da tabela de pontos, jogando a pressão para Konstantin Tereschenko.
O russo, percebendo o momento melhor do brasileiro, se envolveu em um acidente na segunda bateria de Monza, permitindo que Baptista chegasse na etapa decisiva, em Barcelona, precisando apenas administrar a vantagem.
Com a vitória de Tereschenko na primeira bateria na Espanha e o terceiro lugar do brasileiro, Baptista seria campeão no domingo caso completasse a última prova em quarto, independentemente do resultado do adversário.
Ele foi o quinto. Mas como Daniel Juncadella e Ferdinand Habsburg, terceiro e quarto, respectivamente, não somavam pontos por serem convidados, o brasileiro ficou com a taça, mesmo após um novo triunfo de Tereschenko.
É verdade que o desempenho de Baptista não foi bom na etapa final, e ele foi beneficiado por dois adversários à frente serem convidados. No entanto, ele contava com o regulamento e fez o que precisava para ser campeão, com uma postura mais conservadora e sem sofrer riscos desnecessários.
Com o título, o jovem piloto vai se tornando uma das principais referências do automobilismo brasileiro, em uma geração fortíssima, embora receba menos destaque que os contemporâneos Pedro Piquet e Pietro Fittipaldi, que têm aliado títulos menores aos sobrenomes famosos.
Baptista, aliás, foi quem mais se aproximou de Piquet na temporada passada da F3 Brasil. Mesmo com um carro da divisão Light, venceu três vezes na classificação geral, terminando com o título entre os F301.
Neste ano, acertou em cheio ao fechar com a RP, a melhor equipe da Euroformula Open, e conquistou o título em um grid cheio de pilotos no segundo ano na categoria e jamais tendo sido pressionado por novatos talentosos como Leonardo Pulcini, Alessio Rovera e Diego Menchaca.
Com a taça, agora está na hora de ele se estabelecer nos mercados principais, como a GP3, F3 Euro ou F3.5 V8.
Ele testou pela última nesta quarta-feira, dia 4, mas não foi bem. Com o carro da Lotus, a mesma equipe que levou Mathieu Vaxivière ao vice deste ano, foi o penúltimo entre os 22 pilotos em Aragón.
Se ele for correr pela F3.5 no ano que vem, um caminho provável, já que a equipe RP estreará neste certame, acumular quilometragem parece ser extremamente necessário para o piloto neste momento.
Baptista é muito bom mesmo.
Comecei a prestar atenção nele quando disputou as primeiras posições da F3 mesmo com um carro “Light”.
Torci muito pelo sucesso dele na Euroformula esse ano.
Agora o próximo passo deve ser dado com cuidado.
Os três primeiros colocados da Euroformula ano passado foram pra GP3 e sofreram esse ano.
Ainda que Baptista pareça ser mais piloto que Sandy Stuvik,Artur Janosz e Alex Palou,talvez um passo pra GP3 seja muito precipitado.
Além de ser uma categoria mais cara do que a F3.5 e F3 Euro.
A F3.5 será uma incógnita em 2016.
Dependendo do nível do campeonato,pode ser uma boa opção,caso contrário é um risco por ser um caminho que não vá levar a lugar nenhum,vide Norman Nato,Jazeman Jaafar e principalmente Marco Sorensen que tinham carreiras até certo ponto promissoras,foram pra WSbR mas estagnaram na categoria e na carreira.
Sendo assim acho que a F3 Euro seria a melhor opção.
Indo bem,pode abir boas portas na GP3 ou até na GP2.
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Acompanho o seu blog já há muitos anos e sempre o considerei muito bem informado. Parabéns!
Tomara que garoto consiga ir bem na nova(?) F3.5.
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