Por essa notícia nem os maiores fãs da Nascar no Brasil estavam esperando. A famosa categoria americana terá uma divisão brasileira a partir de 2023.
Será a Nascar Brasil Sprint Race, uma parceria formada entre o campeonato dos EUA e a GT Sprint Race, torneio organizado pelo piloto Thiago Marques e que vem crescendo bastante nos últimos anos.
O Brasil, assim, se torna a quarta região do mundo — além dos Estados Unidos — a ter uma divisão da Nascar. Há campeonatos também no Canadá, no México e na Europa.
Mas o que muda para o automobilismo do Brasil? Será que estamos mais próximos de revelar o Chase Elliott brasileiro?
Uma das grandes vantagens de ter uma divisão da Nascar no país é justamente essa: agora os pilotos daqui sabem onde precisam correr se um dia quiserem ter a chance de migrar para o campeonato dos EUA.
Se olharmos para as outras três divisões internacionais da categoria (Canadá, México e Europa), em algum momento representantes de todas elas disputaram ao menos uma corrida de Nascar Cup Series, Xfinity ou Truck Series.
Podemos ter um piloto do Brasil na Nascar nos EUA?
Não é um caminho fácil. Ninguém que saiu dos campeonatos internacionais conseguiu se firmar nas três principais divisões da Nascar americana. Mas a versão brasileira tem a possibilidade de abrir portas aos competidores para, quem sabe, com algum patrocinador, poder correr em uma etapa ou outra da Nascar nos EUA — principalmente em circuito mistos.
A chegada da Nascar Brasil também aumenta a concorrência que hoje existe naquele segundo degrau do automobilismo nacional, formado por pilotos que buscam chegar à Stock Car ou então que ainda não conseguiram se firmar ou já deixaram a categoria brasileira.
De uma forma geral, campeonatos como a própria Nascar Brasil, assim como a Stock Series (antiga Lights), Porsche e TCR brigam pelo mesmo perfil de competidores. A própria Sprint Race costuma sobressair nessa faixa, com grids chegando a 20 carros. Em comparação, a Stock Series, por exemplo, vem tendo apenas sete veículos por etapa em 2022.
Para continuar se dando bem nessa disputa, um dos trunfos da versão brasileira da Nascar é justamente a parceria com a categoria americana. Isto é, além do público que já acompanhava a Sprint Race, quem está acostumado a seguir o campeonato dos EUA pode ter curiosidade de assistir à versão brasileira.
Mas ainda está cedo para dizer se a Nascar se tornará a principal categoria do automobilismo do país. Hoje a Stock Car é a líder e parece inalcançável. Afinal, conta com transmissão na TV aberta e, na fechada, está nos canais da Globo, o que aumenta o interesse de patrocinadores e de anunciantes por essa audiência e pela exposição. Como consequência, os salários lá são maiores, atraindo os principais pilotos do automobilismo brasileiro.
Por isso, vai ser interessante acompanhar se a parceria com a Nascar conseguirá alavancar a Sprint Race a ponto de começar a incomodar a Stock Car.
Já dentro da pista a tendência é que a Nascar Brasil se pareça muito com o que a Sprint Race já estava mostrando. Os carros já eram equipados com carrocerias que lembram o Camaro e o Mustang — modelos usados na Nascar (como o da foto do topo)– e as provas devem continuar acontecendo em mistos e em anéis externos espalhados pelo país. Por ora, nada de ovais.
E o que você achou dessa parceria? Pensa em acompanhar a Nascar Brasil no ano que vem?

Quero corrida long run, com mais de 1h de duração, pit por necessidade (pneu e/ou conbustível), e não a gincana de troca obrigatória sem uma necessidade real e disputas reais, nada de lastro para aproximar o bom do mediocre.
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Fiquei empolgado.
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