Se formos olhar pelo lado cheio do copo, a participação da Haas no GP do Canadá da temporada 2022 da F1 foi bastante positiva. Com o quinto e com o sexto lugares obtidos por Kevin Magnussen e por Mick Schumacher, a esquadra conseguiu seu melhor desempenho em um grid de largada desde o GP da Alemanha de 2018.
Não deixa de ser uma ótima recuperação para um time que estava habituado a fechar a última fila do grid em 2021.
Se formos olhar pelo lado do copo vazio, os pilotos da Haas nem tiveram a chance de aproveitar o bom desempenho da tomada de tempo. Magnussen e Schumacher deixaram Montreal sem somar pontos, com uma sensação de “qual resultado eles poderiam ter obtido em uma corrida normal?”
O mais frustrante é que o resultado ruim na corrida não foi pela falta de rendimento da esquadra americana. Mas, sim, devido a alguns incidentes. Magnussen se envolveu em um toque com Lewis Hamilton ainda na primeira volta, que danificou sua asa dianteira. Como a peça estava a ponto de se soltar, os comissários ordenaram que ele fosse para os boxes e fizesse a troca.
Para cumprir a ordem, o dinamarquês se dirigiu ao pit-lane antes de os safety-car virtuais serem acionados, o que o fez perder ainda mais tempo na comparação com os adversários. Da mesma forma, por ter antecipado sua parada, começou a sofrer com o desgaste dos pneus antes dos rivais, que fizeram a troca mais tarde.
Já Schumacher abandonou na volta 18, devido a um problema de motor, quando disputava posição com Guanyu Zhou. Em comparação, o chinês da Alfa Romeo foi o oitavo colocado na classificação final. Onde será que o alemão conseguiria ter terminado?
Os problemas da Haas na F1 2022
Essa foi a sexta vez que um carro da Haas não recebeu a bandeirada em uma corrida – contando com GP da Árabia Saudita, onde Schumacher nem sequer largou devido ao acidente sofrido na classificação.
É impossível não comparar a atual má fase da Haas com a famosa frase do chefe de equipe, Gunther Steiner, sobre a equipe tentar ser estrelas do rock e acabar como um grupo de palhaços – exibida na primeira temporada da série Drive to Survive, da Netflix.
Naquela ocasião, os dois pilotos da esquadra americana – Magnussen e Romain Grosjean – estavam na briga pelo pódio do GP da Austrália de 2018, mas ambos abandonaram em voltas sucessivas após enfrentarem problemas no pit-stop.
Será que a Haas tem solução? Ou a equipe está para sempre fadada a afundar em seus próprios erros?
Do lado de Schumacher, a situação é complicada. Sem dúvidas, o alemão colheu os benefícios por ter o sobrenome que tem e sempre encontrou portas abertas tanto nas categorias de base quanto na F1. Só que o sobrenome também traz a pressão por resultados. Quem acompanha a principal categoria do automobilismo mundial tem menos paciência ao ver o germânico ainda sem ter pontuado em sua carreira.
Talvez o que ele mais precise neste momento é um fim de semana sem sustos. Que consiga se classificar próximo ao Q3, sem cometer erros durante a prova e aproveitando uma estratégia inspirada da Haas para somar seus primeiros pontos. Mais fácil digitar aqui falar do que fazer.
Quanto a Magnussen… boa sorte para explicar para Steiner a decisão de forçar para cima de Hamilton logo na primeira volta da corrida, sendo que em situações normais a Haas não corre contra a Mercedes. Mesmo que o dinamarquês conseguisse tomar a posição naquele lance, seria questão de tempo para que o britânico desse o troco.
Assim, talvez a solução para a Haas seja contar com um piloto mais pragmático, que não seja brilhante, mas que consiga completar as corridas à frente do potencial do carro. Como Valtteri Bottas tem feito com a Alfa Romeo neste ano.
Se eu fosse Steiner e o resto da cúpula da equipe americana, desde já começaria a monitorar os contratos de Pierre Gasly, Alex Albon e, correndo algum algum risco (devido à má fase atual), Daniel Ricciardo. Você acha que algum deles daria um jeito na Haas? Ou então quem poderia ir para a equipe americana?
Você pode clicar aqui para ver os resultados completos do GP do Canadá da temporada 2022 da F1, assim como os das demais principais categorias do automobilismo mundial neste fim de semana.

Tudo bem querer um piloto brasileiro correndo, mas achar o Pietro uma opção melhor que o alemão, não tem o menor embasamento. Basta ver a careira de ambos antes da F1. E depois da base, o Pietro nunca se firmou em nenhuma categoria. Alem disso, não da pra entender quem critica piloto que paga pra correr, mas não critica quem paga para ser reserva, como o Pietro.
Criticar o desempenho do Schumacher faz todo sentido, mas ele não ter pontos no campeonato não tem relação apenas com o desempenho dele, vejam o caso de Miami e, agora, Montreal.
CurtirCurtir
Drugovich na Haas! Brincadeira, a Haas precisa mesmo de alguém com os nervos no lugar pra andar melhor mesmo. Talvez um Piastri que já mostrou frieza na F3 e F2… Talvez um vettel se sair da Aston Martin (pela experiência, mas ele tem falhado bastante tbm).
CurtirCurtir
Nem sei se a Haas vai continuar na F1 no ano que vem… mas se continuar, pensando nos três nomes citados na coluna, os três são muito melhores que os pilotos da Haas, mas Gasly e Ricciardo tem o mesmo perfil do Magnussen, iriam tentar mais do que o carro pode oferecer e o Albon, trocar Williams por Haas? Penso que ele sairia da Williams para uma equipe melhor que a Haas. Enfim, somente se ficarem a pé um dos três vai aceitar andar de Haas ano que vem (se tivermos Haas no grid). Tem também aquele “negócio” de colocar um piloto da Academia da Ferrari então…
PS: Enquanto isso, tem o Oscar Piastri dando sopa no padock…
CurtirCurtir
Enquanto a Haas não colocar Pietro Fittipaldi no lugar de Mick Schumacher, não vai ser fácil, pois Pietro fittipaldi está em sua melhor fase. Este seria o melhor momento para a troca já que Mick Schumacher não consegue pontuar deveria há trocar na próxima corrida.
CurtirCurtir
Não é tão simples assim. Primeiramente eu acho que o alemão é mais piloto que o Pietro.
No caso, Mick vinha bem no Canadá até a falha mecânica. E não esqueçamos que ele foi campeão na F2 e F3. Já o Pietro nem sempre me convence.
Além disso, o Pietro mal teve contato com o caro e diferente do vc disse ele também não vem com essa bola toda.
Não estou dizendo que o Pietro é ruim, mas como alguém que acompanha a carreira dos dois, uma troca em Silverstone seria bem ruim pra Haas
CurtirCurtir
Com tanto tempo de casa na Haas, se o Pietro fosse bom mesmo não teriam chamado de volta o Magnussen. Parece-me que eles tem a convicção de que o Pietro não tem condições de correr na F1 e, pra ser bem sincero, nunca vi nada demais nele. E olha que o Magnussen não fazia nada de brilhante na Indy.
CurtirCurtir
Magnussen correu na Indy? Sei do Grosjean…
CurtirCurtir
Deu uma “rápida” acelerada pela Mclaren na IndyCar, nada demais.
CurtirCurtir