Muito se fala de Felipe Drugovich, que venceu três das últimas quatro corridas disputadas na temporada 2022 da F2, mas o representante da MP não é o único piloto brasileiro que está se destacando neste ano na categoria. Quem também tem brilhado é Enzo Fittipaldi.
Vendo o neto de Emerson e irmão mais novo de Pietro na sétima colocação na tabela de pontos, a gente até acaba esquecendo que seis meses atrás ele havia sofrido um forte acidente na largada da etapa da Arábia Saudita, quando fraturou o calcanhar ao acertar o carro de Theo Pourchaire, que havia ficado parado no grid.
Apesar de os médicos terem apontado que a recuperação completa poderia durar até oito meses, Fittipaldi participou de todas as etapas da F2 2022 até agora. Desde Imola, no entanto, seu desempenho melhorou drasticamente. Coincidência ou não, foi mais ou menos nessa época que parou de sentir dores no lugar da lesão.
Desde seus anos na F3, o brasileiro já era conhecido por ter como principais pontos fortes um ritmo de corrida muito bom e facilidade para fazer ultrapassagens, mas as classificações costumavam ser um problema para ele.
A boa fase de Enzo Fittipaldi na F2 2022
Na F2, parte da história é verdadeira. Fittipaldi terminou todas as dez corridas disputadas até Mônaco em uma posição melhor que a que largou, sinal que seu ritmo segue muito bom.
Já em Imola foi que sua habilidade para ultrapassar ficou em destaque. Naquele fim de semana, o brasileiro tinha um bom ritmo inclusive para a tomada de tempo, quando não costuma ir tão bem, mas ficou com a 15ª colocação no grid devido a um problema durante a classificação.
Ainda assim, conseguiu ganhar 13 colocações durante a prova principal (entre ultrapassagens e abandonos dos adversários) para conquistar seu primeiro pódio e, de quebra, o melhor resultado da história da equipe Charouz na F2 em uma corrida longa.
Já em Barcelona e em Monte Carlo o irmão mais novo de Pietro Fittipaldi andou bem desde a sexta-feira, com o 11º lugar no grid da Espanha e o sexto em Mônaco, o que facilitou seu trabalho na hora de pontuar.
No traçado catalão, apostou na estratégia de pneus alternativa, ao começar com o composto duro e retardar a parada, para superar os adversários ao colocar o pneu mais macio e em melhores condições no stint final. Por sua facilidade de ultrapassar, Fittipaldi não perdeu tempo e avançou até o sexto posto. Em Mônaco, onde não costuma haver muito espaço para táticas, subiu de sexto para quinto após o abandono de Liam Lawson.
Em um campeonato em que somente dois pilotos (Drugovich e Pourchaire) têm conseguido pontuar com frequência, Fittipaldi é o segundo melhor novato na classificação, com 42 pontos, somente três atrás do badalado australiano Jack Doohan, que lidera entre os estreantes — e na frente dos calouros de Prema, Carlin, ART e Dams, entre outras equipes.
Caso Fittipaldi continue pontuando com frequência, quem sabe não acabe chamando a atenção das equipes da F1, seja para (re)integrar uma academia ou para a função de reserva. Nessas horas, o patrocínio do Banco do Brasil e o volumoso número de seguidores que têm nas redes sociais e no Twitch podem ajudar.
Você pode clicar aqui para ver como foram os resultados completos da F2 em Mônaco, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no fim de semana.

que bom, esses nossos dois pilotos na f2, jajá estarão na f1 p/ nos alegrar
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Enzo Fittipaldi, o tubarãozinho, faz milagre com o carro da Charouz. Chamar a atenção da F1 acho pouco provável mas, com certeza, os chefes de equipes da própria F2 já estão de olho nele. Resta torcermos para que ele possa realizar a melhor “escolha” e não errar como fez o Drugovich no ano passado. Se tivesse um carro competitivo neste ano, seria o principal adversário de Drugolíder. Brasil tem futuro na F1 com os dois? Tomara que sim, mas somente com um bom patrocínio. Ambos são melhores que o Chinês da Alfa Romeu mas o gringo tem o que eles não tem: dinheiro, muito dinheiro.
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