O grid da Indy em 2021 é o mais forte da história da categoria? É sempre complicado chegar a uma resposta para essa pergunta. Mas se olharmos a qualidade dos três pilotos novatos de 2021, dá para perceber que o nível neste ano será alto.
O grupo de estreantes em 2021 é formado por Romain Grosjean, Jimmie Johnson e Scott McLaughlin.
Grosjean é o mais conhecido do grande público por ser uma das estrelas da série Drive to Survive da Netflix. Brincadeira. O piloto francês não vinha em alta nos últimos anos na F1, principalmente por causar muitos acidentes, mas é alguém que disputou 179 corridas ao longo de dez temporadas e terminou no pódio em dez oportunidades.
Vendo o desempenho recente dele na Haas, pode até ser difícil acreditar, mas no início dos anos 2010 parecia ser questão de tempo para que Grosjean conquistasse sua primeira vitória na F1.
O triunfo não veio, e para 2021 ele deixou a F1 após aquele grave acidente no GP do Bahrein e assinou com a Dale Coyne para pilotar o carro de número 51 nas etapas da Indy em circuitos mistos e de rua. Nos ovais, assim como aconteceu na F1, o brasileiro Pietro Fittipaldi é quem vai substituí-lo.
Outro novato que dispensa apresentações é Jimmie Johnson, que correrá pela Ganassi após conquistar sete títulos da Nascar.
Jimmie Johnson na Indy 2021: o que esperar?
Se a transição para os monopostos já é grande o suficiente, ela também vem um momento em que o americano está se aproximando do fim de sua carreira. Ele começará a temporada 2021 da Indy aos 45 anos de idade, sendo um dos mais velhos do grid.
Nos últimos anos, na Nascar, ele já não estava sendo competitivo. Por lá, sua última vitória tinha sido em 2017, e nos últimos dois anos ele ficou fora dos playoffs.
Assim como Grosjean, JJ vai correr somente nas etapas em circuitos de rua e mistos, e Tony Kanaan será o responsável por guiar o carro 48 nas demais provas.
Se Grosjean e Johnson são mais conhecidos, Scott McLaughlin pode não ser tão famoso deste lado do mundo, mas é um que vale ficar de olho. Ele chega aos EUA depois de ter brilhado correndo pela Penske na Supercars, da Austrália. Nas últimas quatro temporadas, obteve três títulos e um vice. Foram 49 vitórias em 115 corridas. O domínio foi tão grande que a categoria precisou algumas vezes mudar as regras para tentar pará-lo.
Com Will Power e Simon Pagenaud nos últimos anos de contrato, a Penske não esconde que o neozelandês pode ser seu futuro nas pistas.
Para falar a verdade, é até estranho colocar Grosjean, Johnson e McLaughlin como novatos e estreantes, dado o currículo extenso do trio, mas ao pé da letra eles estão começando na Indy em 2021.
Curiosamente, eles são os únicos novatos inscritos para o campeonato deste ano. Situação bem diferente da encontrada nos anos anteriores. Em 2020, foram quatro “rookies”, enquanto seis estreantes participaram da temporada 2019.
Entre os motivos para a diminuição do número de estreantes é que a Indy Lights não foi disputada no ano passado, o que dificultou para os jovens pilotos fazerem a transição para a categoria principal.
Já a F1 vive uma situação oposta em relação ao perfil dos calouros. Assim como a Indy, são três novatos em 2021: Yuki Tsunoda, na AlphaTauri, e Mick Schumacher e Nikita Mazepin, na Haas.
Enquanto Johnson sozinho foi campeão sete vezes da Nascar, os três estreantes da F1 não têm currículos recheados. Somados, foram três taças conquistadas: Schumacher terminou em primeiro na F2 e na F3 Euro, enquanto Tsunoda ganhou a F4 Japonesa.
Mas Schumacher é um sobrenome icônico para a F1, e Mick mostrou talento e vitórias em sua trajetória nas categorias de base. Já Tsunoda é tratado como um fenômeno, alguém que pode surpreender e ter uma carreira gloriosa. Tanto que, no Bahrein, ele se tornou o primeiro piloto a pontuar em sua estreia na F1 desde Stoffel Vandoorne, em 2016.
Então, qual grupo de estreantes você prefere? As novas estrelas da Indy ou o trio promissor da F1?
Você pode clicar aqui para ver o grid completo da Indy 2021.
foto do topo: penske/divulgação
