Há cerca de um ano a Audi anunciou que estava deixando o DTM e levantou a seguinte dúvida: será que o campeonato teria condições de sobreviver e realizar uma temporada em 2021?
Pouco menos de 11 meses depois, a resposta está mais do que clara: não só o DTM se salvou, mas mostrou que está mais forte do que nunca, com o retorno da Mercedes e a chegada de um monte de equipes de peso.
E a Audi, a propósito, continua no campeonato.
Mas como a categoria conseguiu evitar uma morte quase certa para manter a posição de um dos campeonatos mais fortes do esporte a motor na Europa?
A resposta foi a adoção dos carros GT3, modelos que são pilotados em todos os continentes e produzidos a centenas todos os anos.
O ex-F1 Gerhard Berger, atual homem-forte do DTM, sempre se colocou contrário a adotar os GT3 em seu campeonato. Para ele, a categoria alemã deveria ter um nível mais premium, com carros mais rápidos. Além disso, o austríaco sempre foi um forte crítico à equalização dos equipamentos via Balance of Performance.
Para fugir do GT3 e ao mesmo tempo salvar o DTM, Berger estudou alternativas como os GTE (do WEC) e os protótipos LMDh, com estreia prevista para 2023 na Imsa. Considerou até atualizar os modelos GT3 para o que ele chamou de GT Pro. Mas o dirigente acabou percebendo que a melhor chance de manter o campeonato vivo era aceitar os GT3 nas regras que já existem hoje. A diferença é que no DTM os pilotos vão correr sozinhos em seus carros. Na grande maioria dos campeonatos GT, são duplas e/ou trios competindo.
Como resultado, faltam mais de três meses para o início da temporada 2021 do DTM começar, e o grid não para de crescer.
Pilotos e equipes no DTM 2021
Um dos últimos pilotos a serem anunciados até agora é Lucas Auer, sobrinho de Berger, que assinou contrato com a Mercedes. A marca, aliás, já tinha deixado a categoria em 2018 e agora voltou prometendo apoiar suas equipes-clientes. Os times terão benefícios na hora de adquirir peças de reposição, poderão contar com pilotos de fábrica, e a Mercedes já se comprometeu até mesmo a pagar parte do orçamento necessário. E quem também correrá pela fabricante será o ex-F1 Christian Klien, com passagem por Red Bull e Jaguar.
Já a Audi, que foi o estopim para a mudança para o GT3, também permanece no DTM. A montadora não anunciou de que forma apoiará suas clientes, mas alguns pilotos contratados da marca já foram confirmados no grid, como o suíço Nico Müller, o alemão Mike Rockenfeller e o sul-africano Kelvin van der Linde.
A maior novidade até agora é a chegada da Red Bull. A fabricante de energéticos patrocinará duas Ferrari e terá como titulares Alex Albon (defenestrado da equipe da F1) e Liam Lawson (que também correrá na F2). Albon está confirmado para metade das etapas, enquanto o neozelandês Nick Cassidy, que disputa também a Formula E, estará nas demais.
Outras equipes de destaque já confirmadas são a de Jenson Button, que poderá ter até mesmo o ex-F1 ao volante em algumas etapas, e a Rowe, ganhadora das 24 Horas de Nurburgring e de Spa-Francorchamps no ano passado. A Walkenhorst, escuderia da BMW que contou com Augusto Farfus no IGTC em 2020, também já anunciou que se juntará ao campeonato.
Com nem metade do grid confirmado até agora, a tendência é que mais pilotos de peso se juntem ao campeonato até o fim de junho, quando a etapa de Monza, a abertura da temporada 2021, será disputada. E você pode clicar aqui para ver como o grid do renovado DTM 2021 está sendo formado.
foto do topo: red bull media house

Na verdade o DTM acabou. Tornou-se mais um campeonato GT3 como muitos que já ocorrem pelo mundo afora, inclusive serão permitidos controle de tração e ABS. Como quem manda é o dinheiro, Gerhard Berger não suportou a pressão das montadoras e teve que adequar a categoria segundo a vontade delas. Bom para os pilotos, mecânicos e demais envolvidos, que não perderam seus empregos. Más já estamos saturados de GT3.
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Os carros DTM da temporada 2021 terão o DRS ou não terá esse recurso?
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