Confira neste post as fotos do novo carro da Alpine para a temporada 2021 da F1, o A521, e o que esperar da equipe que antes era chamada de Renault para este ano:
Pilotos da Alpine na F1 2021:
14 – Fernando Alonso (ESP)
31 – Esteban Ocon (FRA)
Não é um absurdo dizer que a Alpine é a equipe que mais mudou para a temporada 2021 da F1. As novidades vão muito além da troca de nome – de Renault para Alpine – e da cor azul substituindo o amarelo em seu novo equipamento.
A mudança do nome foi uma questão de marketing. Alpine é a marca de alta performance do Grupo Renault, da mesma maneira como a AMG está para a Mercedes, por exemplo. E o novo CEO do grupo, Luca di Meo, decidiu que toda a participação da empresa no automobilismo será a partir da Alpine, não mais da Renault, como uma forma de alavancar a marca.
Além da F1, a Alpine compete no WEC, fornece motores para a nova F-Regional by Alpine e estuda entrar na Formula E nos próximos anos em parceria com a Lotus.
Em relação ao ano passado, o comando do time também mudou. Cyril Abiteboul, conhecido por ter poucos amigos no paddock, foi demitido do posto de chefe de equipe. A Alpine já anunciou que ele não terá um substituto. Para sua vaga, a escuderia promoveu Marcin Budkowski, responsável pela parte técnica, e trouxe Davide Brivio, que levou a Suzuki ao título da MotoGP em 2020.
Budkowski e Brivio vão comandar a escuderia francesa de uma maneira similar ao que foram os anos de Toto Wolff e do saudoso Niki Lauda na Mercedes.
Junto com a volta da Alpine, houve o retorno de Fernando Alonso, após dois anos longe da F1. O espanhol, que já havia se aposentado da principal categoria do automobilismo mundial, entra na vaga que era de Daniel Ricciardo (agora na McLaren) e já fala em brigar por pódios, uma condição bem diferente da que ele próprio encontrou na McLaren nos anos de parceria com a Honda.
Só que resta ver o quanto essa previsão é realista. Alonso estava há dois anos afastado do campeonato e precisará passar por um tempo de readaptação. Seu companheiro de equipe é o francês Esteban Ocon, que viveu uma situação parecida ao ficar fora do grid de 2019. E ele mesmo reconheceu que demorou para alcançar o rendimento ideal ao voltar em 2020.
Por outro lado, a Alpine pode se aproveitar da boa fase do fim do último ano, quando, ainda chamada de Renault, conquistou dois pódios com Ricciardo e um com Ocon, se aproveitando principalmente da falta de competitividade da Ferrari.
Por essa razão, foram poucas as mudanças no carro para 2021. O novo Alpine A521 traz as mesmas características do equipamento de 2020, como o bico arredondado, muito similar ao usado pela Mercedes.
Pelo que deu para ver até agora, as principais mudanças estão na parte traseira, todas em decorrência da nova regra que diminuiu o tamanho do assoalho. Para tentar compensar a downforce perdida com essa alteração, a Alpine mostrou uma carenagem muito mais escavada na parte de baixo, já próxima do próprio assoalho, como uma maneira de aumentar a passagem do ar e tentar compensar a downforce perdida.
Também houve alterações nas bargeboards, as peças aerodinâmicas entre o eixo dianteiro e os sidepods.
PONTOS FORTES DA ALPINE 2021 NA F1
A saída de Abiteboul e a chegada de Brivio provocaram uma mudança de cultura na Alpine. Antigos problemas agora estão no radar da nova chefia e podem, finalmente, ter uma solução.
Um deles é o fato de a escuderia não ter uma equipe-satélite na F1 nem uma cliente para seus motores. Isso significa que o desenvolvimento do equipamento acaba tendo limitações. Nas últimas semanas, já houve boatos sobre uma parceria com a Williams e/ou com a Sauber (caso a Alfa Romeo deixe o campeonato) para a partir de 2022.
Ter uma equipe satélite também significará que a Alpine terá lugar no grid para colocar os pilotos de sua academia. Apesar de ter três competidores de seu programa júnior disputarem a F2 neste ano (Guanyu Zhou, Oscar Piastri e Christian Lundgaard), não há certezas de que um dia eles cheguem à F1.
PONTOS FRACOS DA ALPINE 2021
Pode parecer contraditório dizer que a mudança na chefia foi um ponto forte da Alpine para 2021 e apontar a falta de continuidade da escuderia como um ponto fraco.
Mas desde que voltou à F1, em 2016, nem Renault, nem Alpine mantiveram sua dupla de pilotos por mais de uma temporada. Indiretamente, acabam indicando que a falta de resultados é culpa dos próprios competidores. Como haverá uma mudança profunda no regulamento da F1 para 2022, o ideal seria que Alonso e Ocon continuassem juntos por mais um ano para evitar que a escuderia passe por mais uma reformulação.




Abaixo você pode clicar nos links em azul para ver sobre os novos carros da F1 2021:
> Red Bull RB16B
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> McLaren MCL35M
> AlphaTauri AT02
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> Haas VF-21
> Aston Martin AMR21