Foi com uma certa sensação de alívio que a Indy realizou a última etapa da temporada 2020 no fim de semana nas ruas de São Petersburgo.

Afinal, foi ali mesmo que há sete meses e meio o campeonato foi interrompido antes mesmo de começar por causa da pandemia do novo coronavírus.

Desde então, foram quase três meses de confinamento, motores desligados e corridas apenas no ambiente virtual. Depois, os carros voltaram à pista em um calendário muito modificado, cheio de rodadas duplas e com uma 500 Milhas de Indianápolis sem público.

Lá em março, a etapa de abertura de São Petersburgo ia ser marcada pela consolidação de uma nova geração na Indy, com a fila sendo puxada por Oliver Askew e Pato O’Ward, na McLaren, e Santino Ferrucci e Alex Palou, na Dale Coyne.

Para que esses jovens tivessem espaço, veteranos perderam de última hora o posto que ocupavam. Foi o caso de Sébastien Bourdais e James Hinchcliffe. O francês ainda arrumou uma vaga na Imsa pela equipe JDC-Miller. Já o canadense se tornou comentarista da Indy em uma TV do Canadá, além de ter aparecido em etapas esporádicas de 2020, como nas 500 Milhas.

O retorno de Sébastien Bourdais e James Hinchcliffe

Mas a situação mudou em sete meses e meio. Na São Petersburgo que encerrou a temporada, Bourdais e Hinchcliffe estavam de volta. O francês assumiu o carro 14, da Foyt, onde será titular em 2021. E o canadense entrou no lugar de Zach Veach, na Andretti.

Ambos se destacaram. Hinchcliffe largou na segunda fila e estava na luta pela vitória até quebrar o bico do carro em um toque com outro piloto, e Bourdais terminou a prova na quarta colocação, o melhor resultado obtido pela Foyt desde o pódio de Tony Kanaan em Gateway, no ano passado. E vale lembrar que circuitos de rua, como o de St. Pete, são considerados o ponto fraco da escuderia de A.J. Foyt.

Assim, com o bom desempenho na última etapa da Indy, os dois pilotos veteranos mostraram que ainda têm espaço na categoria e que nem sempre o melhor para uma equipe é apostar somente em jovens. Até porque, Palou, Ferrucci, Veach e Askew, juntos, somaram somente dois pódios na temporada.

E olha que o ganhador das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, Takuma Sato, é um dos competidores mais velhos do grid, com 43 anos de idade.

Agora resta ver se o bom desempenho dos veteranos na fase final da Indy 2020 pode abrir espaço para mais pilotos experientes no grid do ano que vem – como Helio Castroneves e até mesmo Juan Pablo Montoya, que podem retornar ao certame após a saída da Penske da Imsa.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos da Indy em São Petersburgo assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no fim de semana.

foto do topo: honda/divulgação

Pato O'Ward, 2020, McLaren, Indy 500, 500 Milhas de Indianápolis
Pato O’Ward e Santino Ferrucci foram os pilotos que entrarma nas vagas de Hinchcliffe e Bourdais em 2020 – foto: phillip abbott/lat/chevy racing/divulgação
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