Atual líder da temporada 2020 da F-Regional, o brasileiro Gianluca Petecof teve boa notícia nesta semana. Ele fechou contrato com dois novos patrocinadores, garantindo o orçamento necessário para completar o campeonato. Antes, havia a ameaça de ele não poder disputar todas as etapas por falta de dinheiro.

Apesar de integrar a Academia da Ferrari e contar com o patrocínio da Shell desde a época em que estava no kartismo, ele estava precisando economizar em 2020. Tanto que ficou de fora de boa parte dos treinos coletivos quando os autódromos foram reabertos após a pausa provocada pela pandemia.

Aliás, ele também nem participou, na última semana, dos testes em Mugello, pista que recebe a próxima etapa da F-Regional, no primeiro fim de semana de outubro.

O lado bom é que o desempenho de Petecof não vinha sendo comprometido pela falta de dinheiro.

Nas nove corridas disputadas até agora, ele venceu quatro e terminou outras quatro em segundo. E nas últimas cinco baterias, ele largou na pole-position em todas elas. Como resultado, soma 184 pontos, 24 a mais que Arthur Leclerc, o segundo colocado.

Por a temporada 2020 da F-Regional estar sendo marcada pelo baixo número de participantes – 12 carros em média -, é fundamental que um piloto que queira ser campeão seja constante nos resultados. É que fica muito difícil de se recuperar de um abandono, pois há menos competidores “roubando” pontos um dos outros. E nisso Petecof, de quem há alguns anos se cobra consistência, tem se saído muito bem, uma vez que já conseguiu abrir uma pequena vantagem para Leclerc.

O futuro de Gianluca Petecof

Lembrando que esses dois pilotos integram a Academia da Ferrari, e o título da F-Regional pode definir qual deles será promovido no ano que vem para a F3 pela Prema, a principal equipe da categoria.

Foi o que aconteceu no ano passado na disputa entre Frederik Vesti e Enzo Fittipaldi. Assim como acontece agora com Petecof e Leclerc, ambos correram na F-Regional 2019 pela Prema, com o dinamarquês sendo o campeão. Neste ano, os dois subiram para a F3. Por ter continuado na Prema, Vesti conquistou três vitórias e lutou pelo título até a última etapa, enquanto Fittipaldi teve um ano de altos e baixos pela HWA, um time mediano, e só deslanchou na última final.

E uma vez que a Prema levou seus pilotos ao título da F3 tanto em 2019 quanto em 2020, correr pela esquadra italiana é um passo importante na carreira de qualquer competidor rumo à F1.

Por fim, outro ponto importante é que o título da F-Regional dará a Gianluca Petecof a tão buscada superlicença, documento obrigatório para correr na F1.

foto do topo: aci csai/divulgação

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O novo carro de Gianluca Petecof na F-Regional 2020, já com os novos patrocinadores – foto: ferrari promo/divulgação
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