Pilotos da McLaren na F1 2020:
4 – Lando Norris (ING)
55 – Carlos Sainz (ESP)
A McLaren começa a temporada 2020 da F1 dividida entre a boa fase do ano passado, quando terminou o Mundial de Construtores atrás apenas de Red Bull, Ferrari e Mercedes, e a crise econômica recente, provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Sem receitas vindas da F1 (uma vez que patrocinadores não pagam se não há corridas) e também com queda nas vendas de seus modelos de rua, a equipe precisou, nos últimos meses, demitir 1.200 pessoas (o equivalente a 25% de sua força de trabalho) e pedir um empréstimo de mais de 180 mil dólares ao Banco do Bahrein para não fechar as portas.
Agora, resta ver se esse problema financeiro não vai prejudicar o desempenho da esquadra nas corridas.
Além da crise econômica, neste ano a McLaren vai precisar lidar com adversárias fortalecidas no meio do pelotão da F1. A Renault contratou Esteban Ocon para ser o parceiro de Daniel Ricciardo, enquanto a Racing Point foi a grande sensação da pré-temporada, disputada lá antes do coronavírus, com um carro muito parecido com o da Mercedes do ano passado.
Para tentar superar as rivais e manter a quarta colocação, a McLaren terá neste ano o primeiro carro desenvolvido por James Key, antigo projetista da Toro Rosso e que já foi apontado como sucessor de Adrian Newey na Red Bull. Só que, em 2018, o engenheiro preferiu aceitar a proposta da equipe britânica e integra um núcleo fortíssimo, ao lado do chefe de equipe Andreas Seidl e de Lando Norris, alguns dos responsáveis pelo bom desempenho do ano passado.
E a expectativa para os próximos anos é ainda melhor, uma vez que Ricciardo foi contratado para 2021, quando o time voltará a usar o motor da Mercedes, apontado como um dos mais fortes da F1.
Como a temporada 2020 vai ser mais curta em razão da pandemia e esse é o último ano da McLaren com o equipamento da Renault, dá até para questionar o emprenho que a escuderia terá para desenvolver seu novo carro nos próximos meses ou se vai preferir focar em atualizações para 2021, quando contará com o propulsor da Mercedes.
Do lado negativo, o time já sabe que não contará em 2021 com Carlos Sainz, que será o substituto de Sebastian Vettel na Ferrari. Sendo assim, Norris, que desde o kartismo já era apontado como uma futura estrela da F1, precisará mostrar serviço e e ir além do 11º lugar na tabela conquistado no ano passado. Ainda mais que Ricciardo está chegando, e o australiano não gosta de ser segundo piloto de ninguém.
Para tentar repetir o quarto lugar de 2019, a McLaren desenvolveu o MCL35, que não deixa de ser considerado uma evolução do equipamento do ano passado, mas traz também novidades com o estilo de James Key.
Uma delas é a suspensão dianteira bastante elevada, que facilita a passagem do ar para baixo do carro e também para o difusor.
Na frente, o bico do MCL35 tem uma largura bem menor que o do ano passado. Como resultado, perdeu os três dutos internos. Outro destaque é a traseira bem mais enxuta e apertada, seguindo tendência do grid deste ano, embora a entrada do ar do sidepod dessa vez seja mais larga.
A única dúvida é se essas novidades serão o suficiente para fazer a McLaren novamente vencer a briga no meio do pelotão.
PONTOS FORTES DA MCLAREN 2020 NA F1
A McLaren tem as pessoas corretas nas funções certas para tentar voltar a ser uma das grandes equipes da F1. Vindo da Porsche, Seidl é considerado um dos melhores chefes de equipe da categoria. James Key é um promissor engenheiro que ganhou destaque na Sauber e não era valorizado na Toro Rosso. Lando Norris é apontado como futura estrela da F1. Some-se a eles as chegadas de Daniel Ricciardo e do motor Mercedes e terá um time capaz de incomodar as três grandes escuderias da F1.
PONTOS FRACOS DA MCLAREN 2020
A crise financeira será o grande problema que a McLaren precisará resolver neste ano. Além de garantir que não fechará as portas, o time corre o risco de atrasar o desenvolvimento do carro (que será o mesmo de 2021) e precisará lidar com o prejuízo de ter demitido integrantes com know-how do esporte a motor.
Para piorar, o McLaren MCL35 precisará ser montado duas vezes. Uma, neste ano, com os propulsores da Renault, e outra, em 2021, para receber o equipamento da Mercedes. Além de ser uma tarefa complicada por si só, pode ficar ainda mais difícil devido à falta de dinheiro.



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> Renault R.S.20
> Williams FW43
> AlphaTauri AT01