Pilotos da Williams na F1 2020:
6 – Nicholas Latifi (CAN)
63 – George Russell (ING)
Só há uma certeza na Williams antes do começo da temporada 2020 da F1: vai ser muito difícil ter um ano pior que o de 2019.
No ano passado, a equipe perdeu parte da pré-temporada, porque não tinha conseguido deixar o carro pronto a tempo, e somou um único ponto em 21 corridas, graças ao décimo lugar de Robert Kubica no caótico GP da Alemanha, disputado debaixo de chuva.
Mas, nas demais corridas, o piloto polonês costumava estar fora do ritmo e algumas vezes até mesmo tomava volta de seu companheiro de equipe, o britânico George Russell.
Em 2020, Kubica se tornou piloto reserva da Alfa Romeo, enquanto o canadense Nicholas Latifi, atual vice-campeão da F2, vai assumir o segundo carro do time britânico.
A escolha por Latifi, no entanto, não foi por causa do desempenho dele na categoria de acesso. É que o pai dele, Michael Latifi, é um dos homens mais ricos do mundo e fez fortuna no ramo de alimentação.
Por a Williams ser uma das menores equipes do grid e precisar de dinheiro, o jovem piloto canadense foi o escolhido para guiar o carro em 2020. Com ele vieram uma série de patrocínios, como a Lavazza, fabricante de cafés, a cerveja ABK e o Banco Real do Canadá, todos ligados de uma forma ou de outra ao seu pai.
Além disso, no começo de abril, Michael Latifi emprestou 50 milhões de libras (o equivalente a mais de 300 milhões de reais) para que a escuderia inglesa conseguisse manter as contas em dia durante a pandemia do novo coronavírus. Como garantia, a Williams hipotecou carros antigos, suas sedes e até mesmo o contrato que tem com a F1. Ou seja, se ela não conseguir pagar de volta, o empresário se torna o dono da esquadra.
Outro ponto negativo para 2020 é que pelo terceiro ano consecutivo a Williams volta a ter uma dupla bastante inexperiente. Russell, por mais talentoso que seja, vai para seu segundo ano na categoria, enquanto Latifi é um estreante.
E um dos motivos apontados para a derrocada da escuderia nos últimos anos foi justamente apostar em pilotos jovens – e pagantes na maior parte das vezes – em vez de tentar dar continuidade ao trabalho feito por Felipe Massa e Valtteri Bottas, de 2014 a 2017, quando seus pilotos foram 15 vezes ao pódio.
Para tentar dar a volta por cima, a Williams foi uma das primeira equipes a apresentar seu carro para a temporada 2020 da F1, mostrando que os atrasos ficaram no ano passado.
Pelo orçamento apertado, a escuderia decidiu priorizar a correção das falhas do equipamento do ano passado em vez de começar o FW43 totalmente do zero. Entre os problemas que buscou corrigir estavam os defeitos no sistema de refrigeração, os freios e o peso elevado do carro.
E entre as novidades do novo carro para a temporada 2020 da F1 estão o bico um pouco mais curto que o de 2019, com bordas nas laterais similares à usada pela Mercedes, que servem para direcionar o fluxo de ar. Outra atualização são dois pequenos chifres em formato de “L” pouco à frente do monocoque.
Destaque para a entrada de ar da tampa do motor, muito mais grossa que a apresentada em outros carros deste ano, e a barbatana de tubarão alongada ao máximo, tendência criada pela Alfa Romeo para 2020.
Além disso, a Williams manteve a tendência do rake (a altura da traseira em relação ao solo) elevado, na expectativa de ter ganhos aerodinâmicos. É a mesma solução adotada por Red Bull, por exemplo, mas não por Mercedes.
PONTOS FORTES DA WILLIAMS 2020 NA F1
A parceria com a Mercedes tem sido positiva para a Williams, que tem um motor bastante resistente e que praticamente não quebra. Ao menos confiabilidade do equipamento não tem sido um problema nos últimos anos.
Além disso, a esquadra pôde manter George Russell, piloto júnior da marca alemã, pelo segundo ano consecutivo, mas agora com o britânico tendo a pressão de levar o time de volta à briga por pontos.
PONTOS FRACOS DA WILLIAMS 2020
Por ser a menor equipe do grid a Willliams tem precisado ser criativa na hora de arrumar patrocínios. Muitas vezes depende dos pilotos, como é o caso de 2020, com a promoção de Nicholas Latifi para a vaga de titular. Isso que dizer que o desenvolvimento do carro e a briga por bons resultados pode ficar comprometida.
Infelizmente, por ser uma equipe familiar, não há grandes perspectivas de a situação melhorar no curto prazo. Boa parte da gestação ainda depende da aprovação de seu fundador, Frank Williams, que não tem sido aberto a grandes mudanças;




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