O que Lucas Foresti, Pipo Derani, Pedro Piquet e Caio Collet têm em comum?

É que todos esses pilotos brasileiros conquistaram a primeira vitória de suas carreiras na Toyota Racing Series na mesma pista: a de Teretonga – localizada em Invercargill, na parte mais meridional na ilha sul da Nova Zelândia.

Quem abriu os caminhos por lá foi Foresti, que recebeu a bandeira quadriculada na frente em 2010, quando se tornou um dos primeiros estrangeiros a competir na TRS. Três anos mais tarde foi a vez de Derani repetir o feito. Piquet, então, gostou tanto que triunfou duas vezes em Teretonga: em 2016 e em 2017. E agora Collet é quem recebeu a bandeirada na frente.

Isso sem falar que até agora os pilotos brasileiros ganharam nove corridas na história da Toyota Racing Series, sendo que cinco desses primeiros lugares foram justamente em Teretonga. Aproveitando altíssimo.

Levando em conta que não houve representantes do país na etapa de Teretonga da Toyota Racing Series em 2011, 2015, 2018 e 2019, em média 50% das rodadas realizadas por lá tiveram um “Ouviram do Ipiranga” ecoando no alto do pódio.

A única diferença é que, neste fim de semana, Collet se tornou o primeiro brasileiro a ganhar uma corrida principal nesse traçado. Antes, seus três antecessores tinham se beneficiado da regra do grid invertido (quando quem chegou em posições intermediárias na primeira corrida da etapa larga na frente na segunda) para chegar em primeiro.

A vitória de Collet foi logo na primeira bateria, após um treino classificatório complicado, marcado por bandeiras vermelhas. O brasileiro havia largado na quarta colocação, mas logo na primeira curva emparelhou com o compatriota Igor Fraga, que havia partido na pole, para assumir a liderança e jamais ser ameaçado até receber a bandeirada.

Se na corrida de abertura da Toyota Racing Series, em Highlands, Collet havia sido penalizado por simular a largada quando não era permitido, dessa vez deu tudo certo, e o triunfo foi mantido.

Pena que esse acabou sendo o único pódio do brasileiro no fim de semana, ainda mais em um momento no qual ele precisava se recuperar da etapa anterior, quando somou dois abandonos à punição recebida.

Na corrida com o grid invertido, o brasileiro partiu e terminou em oitavo. Já na terceira prova, não conseguiu ter um bom rendimento na tomada de tempo e alinhou na sétima posição no grid. Ganhou duas colocações durante a corrida, mas, em quinto, ficou longe da briga pelo pódio.

Agora fica a expectativa para ver se a partir da terceira etapa da Toyota Racing Series o piloto da academia da Renault vai conseguir melhores posições de largada e mais vitórias.

Igor Fraga luta pelo título da Toyota Racing Series

Mas pensar em título ficou mais complicado. Collet agora soma 83 pontos, 70 a menos que Liam Lawson, o líder do campeonato. Faltando nove corridas para o fim, significa que ele seria obrigado a vencer duas provas principais, enquanto o adversário precisaria abandonar ambas. Tarefa mais do que complicada.

Mas quem pode ficar com o título é Igor Fraga. Apesar de ter menos destaque que Collet, o brasileiro da equipe M2 – a mesma de Lawson – tem quatro pódios e uma pole nas seis primeiras corridas realizadas até agora e está a apenas 18 pontos do topo da tabela.

Se quiser ser campeão, é fundamental começar a vencer o quanto antes. Do contrário, precisará continuar mostrando essa regularidade de pódios, ao mesmo tempo em que torcer para Lawson ter algum tipo de problema.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos da Toyota Racing Series em Teretonga, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no último fim de semana.

foto do topo: toyota racing series nz/fgcom/divulgação

foto Igor Fraga
Igor Fraga, sem estardalhaço, vai se colocando como sério candidato ao título da Toyota Racing Series 2020 – foto: aci/csai/divulgação
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