Enfim começou a temporada 2019 da USF2000 para Dudu Barrichello, filho mais velho do ex-F1 Rubens Barrichello.

É que, apesar de a categoria ter acabado de disputar sua penúltima etapa do ano, em Portland, o fim de semana marcou a estreia do piloto brasileiro na equipe DEForce, uma das boas do grid. Essa é a mesma esquadra para a qual os brasileiros Kiko Porto e Gui Peixoto correm – e estão se destacando – na F4 USA.

Nas primeiras 11 corridas de 2019, Barrichello tinha competido pela Miller Vinatieri, uma equipe estreante na USF2000, vinda da F4 USA e que tinha dois novatos em seus carros.

Essa é uma situação longe da ideal. Times que estão fazendo seu primeiro ano em uma categoria costumam optar por nomes experientes para acertar seus equipamentos, enquanto pilotos novatos tendem a preferir esquadras já estabelecidas.

Mesmo assim, Barrichello, que também veio da F4 USA, teve alguns bons momentos pela Miller Vinatieri na USF2000 2019. Seu maior destaque foi na etapa no circuito misto de Indianápolis, quando terminou na quinta colocação na segunda bateria. Resultado que só não se repetiu na primeira prova daquele fim de semana, porque abandonou ao se enroscar com outro piloto na última volta.

E, em Road America, ele obtivera um sétimo e um nono lugares. Essas foram as três vezes neste ano, até então, que o brasileiro tinha cruzado a linha de chegada entre os dez primeiros colocados.

Dudu Barrichello na DEForce

Em Portland, já pela DEForce, Barrichello esteve o tempo todo no top-10. Largou da nona colocação do grid na primeira corrida da etapa e cruzou a linha de chegada em oitavo. Na outra prova, foi do começo ao fim em oitavo. Seu companheiro de equipe, Manuel Sulaimán, atual campeão da F4 Mexicana, fechou em sétimo nas duas corridas, mostrando que o brasileiro andou dentro do ritmo esperado.

Em comparação, Jack William Miller, o piloto que restou na Miller Vinatieri, teve somente o 13º como melhor posição de chegada em Portland.

Mas nem tudo dá para colocar na conta da equipe. A Miller Vinatieri não é a única estreante em 2019. Outro time que se juntou ao certame neste ano é a JHDD, do (ex-?) piloto americano Jay Howard, que de vez em quando disputa as 500 Milhas de Indianápolis.

Assim como a esquadra em que estava Barrichello, a JHDD veio da F4 USA e contratou novatos para a USF2000. Até agora, a equipe já acumula duas vitórias em 2019, ambas com o dinamarquês Christian Rasmussen, uma em Toronto e outra em Mid-Ohio.

Pensando no futuro, daria para falar que o ideal seria o brasileiro buscar dar continuidade na carreira e permanecer na USF2000 em 2020, seja na DEForce, seja por uma equipe melhor. Mas Rubens Barrichello já disse em algumas entrevistas que cogita levar o filho para correr no automobilismo europeu em breve. Claro que nessa situação ele vai precisar de um período de adaptação às pistas europeias, mas já vai ter experiência acumulada em dois anos correndo nos EUA.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos da etapa da USF2000 em Portland, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no fim de semana.

foto de Christian Rasmusssen
Christian Rasmussen já venceu duas vezes na USF2000 2019 pela estreante JHDD – fotos do post: usf2000

 

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