Maior novidade de 2019 no esporte a motor, a W Series, categoria controversa destinada apenas para as mulheres, chega ao fim de sua temporada inaugural neste fim de semana em Brands Hatch.

Por uma necessidade de baixar os custos, o certame termina no começo de agosto, enquanto o DTM, com quem a W Series divide o paddock, ainda tem mais três corridas marcadas até o início de outubro.

Na decisão, apenas duas pilotas têm chances de serem campeãs: Jamie Chadwick, que lidera o campeonato, com 98 pontos, e Beitske Visser, com 85. De uma maneira resumida, a  britânica ficará com a taça – e com o prêmio de US$ 500 mil – caso suba ao pódio correndo em casa. Lembrando que ela ficou entre as três primeiras colocadas em todas as corridas disputadas neste ano, com exceção da prova com o grid invertido, em Assen. Mas essa não valia pontos para o campeonato.

Antes de sabermos quem será a campeã, já dá para dizer que a W Series atingiu um de seus objetivos neste ano, o de dar mais destaque às pilotas.

Quando a temporada começou, Chadwick era a mais conhecida do grid. Ela tinha acabado de conquistar o MRF Challenge, campeonato disputado na Ásia durante o inverno europeu, e vinha de dois anos na F3 Inglesa.

Mas não foi só ela quem ganhou atenção ao longo da temporada. Hoje, o nome de outras competidoras da W Series também se torou mais familiar.

As protagonistas da W Series 2019

Dois bons exemplos são a própria Visser e Marta García, sendo que ambas já tiveram passagens por programas de jovens pilotos da F1. A primeira defendeu a Red Bull em 2013, enquanto a segunda fez parte da academia da Renault em 2017.

A holandesa, que estava afastada dos principais campeonatos e andava de GT4, ganhou em Zolder, enquanto a espanhola, longe das pistas desde que tinha sido dispensada pela marca francesa, triunfou em Norisring.

As demais competidoras não conseguiram lutar pelas primeiras colocações durante toda a temporada. Por exemplo, quem começou 2019 muito forte foram Sarah Moore e Miki Koyama, esta muito rápida nas corridas e ótima de ultrapassagens, mas com desempenho abaixo do esperado nas classificações.

E, na segunda parte da temporada, foi a vez de Fabienne Wohlwend, dona da pole de Misano, sobressair, assim como Emma Kimilainen, que tinha perdido as três primeiras etapas por causa de uma lesão, e voltou com tudo, terminando na primeira colocação em Assen.

Isso sem falar de Alice Powell. A britânica talvez tenha sido quem mais de perto acompanhou o ritmo de Chadwick em toda a temporada, mas caiu fora da luta pelo título por causa de dois abandonos – em Misano e em Norisring.

Com a W Series 2019 chegando ao fim, agora o desafio é ver como essas pilotas vão aproveitar o momento de protagonismo que conseguiram para dar o próximo passo de suas carreiras.

Lembrando que as 12 primeiras colocadas da temporada 2019 vão receber automaticamente o convite da organização do campeonato para retornarem ao certame feminino no ano que vem. As demais vagas serão preenchidas por uma seletiva no começo de 2020, de maneira similar como aconteceu para este ano.

foto da W Series 2019
Jamie Chadwick e Beitske Visser são as duas concorrentes ao título da temporada 2019 da W Series (e também ao prêmio de US$ 500 mil) – fotos do post: w series/divulgação
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