Alexander Rossi era a peça que estava faltando cair para dar início ao mercado de pilotos da temporada 2020 da Indy.

Como o americano negociava com a Penske, bastava ele anunciar que estava trocando de equipe intensificar as movimentações pelo grid da categoria.

Só que Rossi escolheu renovar com a Andretti e com a Honda, colocando praticamente um ponto final no mercado de pilotos da próxima temporada antes mesmo de ele começar.

A principal consequência da decisão de Rossi é que, a menos que alguma contratação bombástica aconteça, a vaga de Will Power na Penske não está mais ameaça. Tanto o australiano quanto Simon Pagenaud começaram 2019 questionados por causa dos altos e baixos de suas carreiras – o que rendeu ao sempre constante Scott Dixon o título na última temporada.

Mas, apesar de manter a irregularidade, o francês já venceu três vezes neste ano, incluindo as 500 Milhas de Indianápolis, e ocupa a terceira colocação na tabela. Enquanto isso, Power, com três poles em 2019, ainda não triunfou e praticamente já deu adeus à luta pelo título. É atualmente o quinto no campeonato, quase 150 pontos atrás do líder, Josef Newgarden, o outro piloto da Penske. Isso sem falar nos erros que tem cometido, como o acidente sofrido em Toronto.

Assim, como Rossi na Andretti, a tendência é que Power ganhe uma sobrevida na Penske e renove com o time para lutar pelo bicampeonato da Indy no ano que vem.

Outra consequência no mercado de pilotos é a provável falta de vagas na escuderia de Michael Andretti.

Caso Rossi tivesse saído do time, Colton Herta, que ganhou a corrida no Circuito das Americas, era o favorito para substituí-lo. Mas agora a Andretti tem seus quatro pilotos – Rossi, Marco Andretti, Ryan Hunter-Reay e Zach Veach – com contrato para o ano que vem. Então para trazer o filho de Bryan Herta seria necessário pagar a rescisão de algum deles ou colocar um quinto carro.

Colton Herta na Indy 2020

Mas isso não quer dizer que Herta ficará na Harding em 2020. Se a vaga na Andretti não surgir, ele é especulado em outras equipes. Nesta semana, o jornal americano Indianapolis Star publicou que a McLaren tem interesse em contratá-lo para correr na temporada completa no ano que vem.

O único problema, por enquanto, é que a equipe britânica quer formar uma parceria técnica com o time de Sam Schmidt, mas corre o risco de ter essa aliança vetada pela Honda, fornecedora de motores da esquadra americana. Afinal, depois de anos de crise e brigas públicas na F1, a montadora japonesa não quer nem ouvir falar em McLaren, mesmo que Fernando Alonso não faça mais parte dela.

Já o futuro da Harding depende da manutenção – ou não – da parceria com a Andretti. É justamente essa aliança que torna a vaga da pequena equipe de Indianápolis tão cobiçada. Alguns rumores apontam Oliver Askew, atual líder da Indy Lights, como um eventual substituto de Herta.

E Rinus VeeKay, vice-líder do campeonato de acesso, testou com a equipe de Ed Carpenter, apesar de os últimos anos ele ter pilotado para a Juncos. Como ele conta com patrocinadores dispostos a investir nele (além de ter um currículo vitorioso), é capaz de subir para a Indy em 2020, mesmo que perca a bolsa dada ao campeão da Lights para Askew. Resta ver por qual equipe será.

Para terminar as equipes grandes, a tendência é que a Ganassi mantenha sua dupla, formada por Scott Dixon e Felix Rosenqvist, assim como a RLL, que conta com Graham Rahal e Takuma Sato.

E a Sam Schmidt tem apenas James Hinchcliffe assegurado na próxima temporada, uma vez que Marcus Ericsson assinou apenas por 2019. Enquanto Robert Wickens ainda se recupera do grave acidente sofrido na etapa de Pocono do ano passado, Felipe Nasr testou pela escuderia nesta semana.

Seria uma ótima contratação, mas ainda é cedo para dizer que vai se concretizar. Nasr tem contrato com a equipe Action Express, da Imsa, onde é o atual campeão, e também andou testando pela equipe Rebellion, a mesma de Bruno Senna no WEC.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos da Indy em Mid-Ohio, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no último fim de semana.

foto de Colton Herta
Com Rossi permanecendo na Andretti, Colton Herta é o grande nome do mercado de pilotos da Indy 2020 – foto: honda/divulgação
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