Pilotos da Williams na F1 2019:
63 – George Russell (ING)
88 – Robert Kubica (POL)
De único time que teve Nelson Piquet, Alain Prost, Nigel Mansell e Ayrton Senna para pior equipe do grid. Esse é o tamanho da decadência da Williams nos últimos 25 anos.
Dá para dizer que a escuderia britânica parou no tempo. Ela segue a mesma receita do começo dos anos 1990: busca patrocinadores para formar seu orçamento, compra motores de uma fabricante e constrói todos seus componentes na própria fábrica.
Só que nesses 25 anos, os gastos na F1 ficaram cada vez maiores, com montadoras e outras marcas (como a Red Bull) dispostas a gastar valores quase ilimitados para disputar a principal categoria do automobilismo mundial.
Some-se a isso a ida da F1 para a TV paga na maior parte dos países, queda na audiência (e, portanto, em patrocinadores interessados) e contratos comerciais nada favoráveis para equipes menores e o resultado é uma Williams com muita dificuldade de arrumar o dinheiro necessário para ser competitiva.
Não por acaso a esquadra tem sido criativa em arrumar pilotos pagantes. Já foi atrás do dinheiro venezuelano na época de Pastor Maldonado e, nos últimos anos, vendeu uma de suas vagas a Lance Stroll e sua família. Para 2019, a situação voltou a se complicar, com a saída do piloto canadense e também da Martini, então patrocinadora principal.
Agora é uma startup (Rokit) que aparece como maior investidora da escuderia, que também ganhou patrocinadores poloneses ao promover a volta de Robert Kubica à F1.
A própria estreia de Kubica é o principal atrativo da escuderia britânica para este ano. Afinal, todo mundo quer ver se ele será capaz de mostrar o mesmo bom desempenho que vinha tendo antes do grave acidente que sofreu em um rali, no começo de 2011, e que limitou os movimentos de seu braço direito.
Mas a realidade é que Kubica deve ocupar as últimas posições do grid. Não por culpa dele. É que os últimos meses da Williams foram bastante complicados, com a equipe não conseguindo deixar o carro pronto para participar da primeira semana da pré-temporada, causando dúvidas sobre o potencial do time e do equipamento.
A situação foi tão constrangedora para a escuderia que Paddy Lowe, diretor-técnico trazido a peso de ouro da Mercedes, foi apontado como responsável pelo atraso (e também pelo fraco desempenho do time em 2018) e afastado de seu cargo.
Outro que saiu é Rob Smedley, antigo engenheiro de Felipe Massa na Ferrari e que tinha ido junto com o brasileiro – mas e um cargo mais sênior – para Grove em 2014.
No outro carro, a Williams terá George Russell, atual campeão da F2 e protegido da Mercedes. Ele é a esperança de conquistar resultados positivos neste ano. O britânico, aliás, revelou que fez uma apresentação em PowerPoint para convencer a escuderia a contratá-lo. Fica a dica para quem estiver procurando emprego.
PONTOS FORTES DA WILLIAMS 2019
Russell e Kubica é uma dupla muito mais empolgante que a de 2018, formada por Stroll e Sergey Sirotkin. Pode ser o suficiente para motivar os integrantes do time a melhorarem o carro ao longo da temporada.
PONTOS FRACOS
A lista aqui é enorme. O maior de todos é a falta de dinheiro. Não que a Williams esteja com dívidas. Pelo contrário. Mas com a saída de Stroll e dependendo dos recursos trazidos por seus pilotos, não há muita perspectiva de melhora nos investimentos.
O desenvolvimento atrasado do FW42, novo carro da Williams para a temporada 2019 da F1, e o afastamento de Paddy Lowe, seu diretor-técnico, completam a tragédia que é a escuderia inglesa neste começo de temporada.


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