Pilotos da Red Bull na F1 2019:
10 – Pierre Gasly (FRA)
33 – Max Verstappen (HOL)
Não há uma receita para ser campeão da F1. Mas, além de muito dinheiro, alguns ingredientes são indispensáveis: uma boa equipe técnica – de preferência com um projetista experiente -, um piloto considerado muito acima da média para liderar a empreitada e ter uma montadora trabalhando (praticamente) só para você.
Depois de quase cinco anos, a Red Bull volta a reunir a maior parte desses fatores. Com relação a 2018, apenas o projetista Adrian Newey não é uma novidade. O responsável por criar equipamentos vencedores na Williams, na McLaren e na própria esquadra austríaca andou afastado da F1, mas desde o ano passado já havia voltado suas atenções à principal categoria do automobilismo mundial.
A fama de Newey é tão grande que muitas vezes a Red Bull foi considerada dona do melhor chassi do grid, mesmo quando passava longe da luta pelo título.
Quanto à dupla titular, Max Verstappen permaneceu, mas agora ocupa o posto de mais experiente do time, uma vez que Daniel Ricciardo se transferiu para a Renault.
Ou seja, está na hora do holandês deixar os erros do começo de 2018 para trás e se mostrar capaz de repetir ao longo de toda a temporada o desempenho que teve no final do ano passado – quando subiu ao pódio em sete das últimas nove corridas (incluindo vitória na Cidade do México).
A dúvida fica por conta de Pierre Gasly. Tendo participado de apenas 26 GPs até agora em toda sua carreira – e pontuado em apenas cinco deles -, o francês ainda não teve desempenho suficiente para justificar sua ida para um time grande da F1. Fica a dúvida se ele conseguirá incomodar Verstappen, se ele será um escudeiro para o holandês ou então se nem terá ritmo suficiente para entrar na luta pelo título.
A última novidade da Red Bull para 2019 é a chegada do motor Honda. É sempre uma vantagem para qualquer time ter uma montadora trabalhando para ele. Por exemplo, a fabricante de energéticos pode pedir para a empresa japonesa construir um motor que se adeque ao seu chassi, de forma que ambos rendam o melhor possível.
Mas os maus anos de Honda na McLaren ainda deixam dúvidas sobre a confiabilidade do equipamento. Depois da pós-temporada, a Red Bull disse que o desempenho estava acima do esperado e que a expectativa era de lutar por vitórias. Mas os treinos na Espanha também foram marcados por boatos de o propulsor nipônico causar vibrações no equipamento de Verstappen e Gasly, afetando a performance.
Ainda falando da parte técnica, a maior dificuldade da Red Bull ao criar o RB15, o novo carro para a temporada 2019 da F1, foi justamente a adaptação do equipamento Honda ao seu chassis. É que a fabricante japonesa e a Renault, antiga fornecedora do time rubro-taurino, construíram seus propulsores com o turbo e o motor em si em posições diferentes. Ou seja, por causa da troca de fornecedora, a RBR precisou readaptar a parte interna de seu carro.
Na parte da frente, o RB15 manteve o buraco na entrada do bico, que serve para permitir a entrada de ar. A escuderia também manteve o chamado duto em S, um vão na parte inferior do carro e outro logo na parte superior do monocoque, próximo ao piloto, que serve para levar o ar da parte debaixo para a parte de cima do bólido, aumentando o downforce.
PONTOS FORTES DA RED BULL 2019
São poucas equipes que podem contar com um projetista tão consagrado quanto Newey e ainda ter um piloto como Verstappen, considerado o mais promissor do grid. Se tudo der certo, essa dupla ainda pode dar muito trabalho na F1 nas próximas temporadas.
PONTOS FRACOS
Desde a vitória de Gerhard Berger no GP da Austrália de 1992, equipes com motores Honda só conquistaram um único triunfo na F1 até hoje. Foi com Jenson Button, no GP da Hungria de 2006, há 13 anos. Dá até para dizer que Verstappen nem era nascido nessa época.
Abaixo você pode clicar nos links em azul para ver sobre os novos carros da F1 2019:
> Haas VF-19
> Toro Rosso STR14
> Mercedes W30
> Ferrari SF90
> Alfa Romeo C38
> McLaren MCL34
> Racing Point RP19
> Williams FW42
> Renault RS19
> Guia F1 2019
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