Como uma forma de promover o polêmico programa de modernização da Arábia Saudita, chamado de Visão 2030, a Formula E realizou duas sessões de testes coletivos, neste domingo, em Ad Diriyah, um dia após a abertura da temporada 2018/19.

Para a atividade, as equipes foram incentivadas a colocar uma pilota em seus carros – uma maneira de lembrar que (só) agora as mulheres têm permissão de dirigir no país asiático.

Das nove presentes, a mais rápida foi a veterana Simona de Silvestro. Não é por acaso. Ela defendeu a Andretti na segunda temporada da Formula E e comanda o simulador da Venturi.

Mas o resultado foi apertado no topo da tabela, com a suíça sendo apenas 0s181 mais veloz que Tatiana Calderón.

A colombiana, que deve tomar parte da F2 em 2019, andou com a DS Techeetah, equipe de melhor momento na categoria, ao ser campeã da temporada passada, com Jean-Éric Vergne, e quase ter vencido a prova do sábado.

Jamie Chadwick, vencedora de corridas na F3 Inglesa e no MRF Challenge, ficou com o terceiro posto. Ela já havia testado pela NIO nas últimas semanas, na Espanha, mas usando o carro antigo da Formula E.

Outra que já tinha competido na categoria elétrica, Katherine Legge levou o carro da Mahindra à quarta colocação. Como também disputou a prova inaugural do Jaguar eTrophy, preliminar no sábado, então ela já conhecia o traçado saudita de antemão – embora as demais concorrentes também tiveram acesso a ele pelos simuladores das equipes.

Ao longo do dia, as equipes foram liberadas para usar os 50 kw extra de potência, que equivalem ao Fanboost junto com o Attack Mode. Muitos dos tempos obtidos pelas primeiras colocadas – com exceção de De Silvestro – foram anotados com esses bônus.

Devido ao domínio da BMW tanto na pré-temporada quanto na corrida do sábado, Beitske Visser era apontada como uma das favoritas para terminar na frente na atividade. No entanto, a holandesa foi 3s7 mais lenta que De Silvestro.

Além de não ter usado os bônus de Fanboost e Attack Mode, a pilota ainda enfrentou problemas mecânicos, que a impediram de ir para voltas rápidas. Assim, quando o carro estava pronto para retornar à pista, a BMW i Andretti preferiu se concentrar na simulação de corrida.

Pippa Mann, da Dragon, terminou em sexto, seguida por Carrie Schreiner, alemã confirmada de última hora para os testes, como substituta de Sophia Floersch, que se recupera do grava acidente sofrido no GP de Macau de F3, em novembro.

A última colocação ficou com Amna Al Qubaisi, que disputou a F4 Italiana na última temporada. Foi uma surpresa a Virgin ter optado por dar uma chance à pilota dos Emirados Árabes, uma vez que o salto da F4 para uma categoria profissional, como a Formula E, é bastante grande. Talvez fosse melhor o time ter optado por alguém com mais experiência. Ela completou oito voltas pela manhã, sofreu um acidente e não voltou mais à pista.

Os tempos usados neste post não levam em conta quando uma pilota dividiu o carro com um titular da equipe na mesma sessão. É porque, pelos dados disponíveis online, não dá para saber quem estava dirigindo no momento que o melhor tempo foi cravado. Então, para não atribuir de forma errada, esses registros foram desconsiderados.

Carmen Jordá e Oliver Rowland compartilharam o equipamento da Nissan em ambas as sessões, enquanto, no período da tarde, Visser e Alexander Sims comandaram o mesmo bólido, assim como Mann e José Maria López.

E você pode clicar aqui para ver os resultados completos da rodada de abertura da Formula E, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial neste fim de semana.

Veja abaixo os tempos obtidos pelas pilotas nos testes na Arábia Saudita:

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