Uma das principais ausências dos treinos de pós-temporada da GP3, realizados na última semana, em Abu Dhabi, foi Pedro Piquet.

Afinal, o filho do tricampeão da F1 teve um bom ano de estreia na categoria, com a sexta colocação na classificação final, em uma campanha com duas vitórias – ambas em provas com a regra do grid invertido – então fazia sentido que ele já começassem a preparação para lutar pelo título em 2019.

Como Piquet também não participou das atividades da F2, no mesmo dia, surgiu um ponto de interrogação sobre seu futuro nas categorias de acesso do automobilismo europeu.

Mas não há motivos para se alarmar. Como a GP3 deixará de existir em 2019 – a categoria se fundiu com a F3 Euro e passará a ser chamada de F3 Internacional -, não havia muitos motivos para estar nos testes coletivos da última semana em Abu Dhabi. Até porque o equipamento a ser usado no próximo ano ainda não foi entregue às equipes e será diferente do atual.

Andar em Abu Dhabi serviria para entender melhor o comportamento dos pneus – a Pirelli foi mantida como fornecedora -, descobrir como as equipes trabalham e conhecer a pista. São pontos importantes para quem disputou campeonatos diferentes da GP3 em 2018 e pretende se dedicar à F3 Internacional no ano que vem. Mas não para Piquet, que já tinha competido a temporada completa da categoria.

Em entrevista ao site Motorsport, enquanto disputava as 500 Milhas de Kart, aqui no Brasil, o jovem piloto encerrou qualquer especulação e afirmou que a tendência é correr na F3 Internacional em 2019.

O brasileiro, aliás, não foi a única ausências nos treinos. Robert Shwartzman, destaque da F3 Euro neste ano e que deve passar ao certame internacional em 2019, nem sequer esteve na pista em Yas Marina, enquanto Juri Vips, recém-integrado ao Red Bull Junior Team, tomou parte de apenas um dos três dias de atividades.

Fora que, em 2019, a F3 Internacional terá mais vagas que a GP3, com a chegada de quatro equipes: Prema, Carlin, HWA e Charouz. Ou seja, as escuderias presentes em Abu Dhabi preferiram testar pilotos que podem negociar com elas. Quem estiver conversando com as novatas ficou em segundo plano.

Exceção foi o indiano Jehan Daruvala. Especulado na Prema, o piloto andou pela holandesa MP e foi um dos mais rápidos ao longo dos três dias de testes.

O curioso é que o momento de brilho de Daruvala aconteceu justamente após perder o apoio da Force India. Até este ano ele era apoiado por Vijay Mallya, mas com a venda do time para Lawrence Stroll (pai de Lance Stroll), o jovem piloto deixou de fazer parte dos planos. O rendimento em Abu Dhabi, portanto, é uma boa forma de começar a volta por cima na carreira.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos dos treinos da GP3, em Abu Dhabi, que teve a participação do brasileiro Felipe Drugovich, assim como o que aconteceu nas principais categorias do automobilismo mundial no último fim de semana.

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