Primeiro, segundo, primeiro, primeiro, primeiro, primeiro, primeiro, primeiro, primeiro, segundo, primeiro e primeiro.

Com esses resultados, conquistados nas 12 corridas disputadas até agora, Felipe Drugovich garantiu, neste fim de semana, o título da Euroformula Open, com duas rodadas de antecipação.

De quebra, ele já se encontra entre os maiores da história da Euroformula. Com 11 triunfos até aqui (ainda faltam mais quatro provas), o brasileiro é o quarto piloto com mais vitórias desde que a categoria foi lançada.

Quando alguém domina assim uma temporada, a primeira conclusão é que ele estava um nível acima dos demais competidores.

E é verdade. Competindo pela equipe RP – considerada a melhor do certame e que já havia dominado a temporada passada -, Drugovich não teve adversários. Seus concorrentes mais próximos, o holandês Bent Viscaal e o argentino Marcos Siebert, tiveram altos e baixos no desempenho ao longo do ano e, mesmo nas provas em que andavam bem, não conseguiam acompanhar o ritmo do brasileiro.

Parte desse domínio se dá por a Euroformula ter um grid pequeno – apenas 11 pilotos disputaram todas as corridas até aqui – e ser considerada mais fácil que outras F3 ou a GP3.

Até por se tratar de um campeonato de segundo escalão, foi uma surpresa quando Drugovich decidiu disputá-lo em 2018, após ter sido um dos destaques da F4 Alemã no ano passado. Sua justificativa era que a Euroformula tem um custo-benefício melhor e com etapas em circuitos que também recebem a F1.

Mas há um lado negativo. Nenhum campeão da categoria jamais chegou à F1 – nem perto dela. E dá para questionar o quanto um piloto consegue aprender e se desenvolver quando etapa após etapa ele não tem concorrência de seus adversários.

Fora que os antigos rivais de Drugovich na F4 Alemã, Juri Vips e Marcus Armstrong, estavam na briga pelo título da F3 Euro antes de Mick Schumacher dominar as últimas corridas. Ou seja, fica a impressão que o brasileiro, se tivesse o orçamento necessário para andar em equipamento competitivo, poderia ter se destacado contra alguns dos principais jovens pilotos das categorias menores.

Agora a expectativa é ver onde o novo campeão da Euroformula Open vai correr no ano que vem. A tendência é andar na categoria que surgir da fusão entre a GP3 e a F3 Euro, mas outros campeonatos, tanto na Europa quanto nos EUA, não devem ser descartados caso o dinheiro tenha peso na hora de tomar a decisão.

A certeza é que, com dois títulos e dezenas de vitórias em 2018, Drugovich terá um currículo recheadíssimo na hora de negociar com os principais times do campeonato que escolher.

O outro título obtido pelo piloto de Maringá neste ano foi o do MRF Challenge, torneio disputado na Índia durante o inverno europeu, em fevereiro.

E uma última estatística: Drugovich é o terceiro brasileiro a ser campeão da Euroformula Open. Vitor Baptista já havia conquistado a categoria em 2015, andando pela mesma equipe RP, enquanto Ricardo Maurício venceu em 2003, quando o torneio era chamado de F3 Espanhola.

Você pode clicar aqui para ver os resultados completos da etapa de Monza da Euroformula, onde o brasileiro garantiu o título por antecipação, além do que aconteceu nas principais categorias do esporte a motor no último fim de semana.

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