Quais equipes podem se juntar à Indy em 2019? Abaixo selecionei cinco times, misturando aqueles que já foram especulados pela imprensa americana com ideias que fazem sentido – mas praticamente impossíveis de acontecer.
Afinal, com a estreia do novo carro neste ano, a categoria americana tem atraído pilotos e escuderias, e, por enquanto, não há vagas para todos. Veja a lista:
5 – Core Autosport
Durante a etapa da Imsa em Mosport, no Canadá, surgiu o rumor de que Colin Braun negociava com uma equipe da Indy para participar de um teste ainda neste ano.
No endurance americano, Braun corre pela Core e venceu as duas últimas provas realizadas. Aos 29 anos, o americano tem bastante tempo de carreira pela frente. Mudar para de categoria agora pode significar, passado um período de adaptação, lutar por vitórias e títulos.
Caso o teste não dê certo, outra opção seria a própria Core trocar de campeonato, com Braun como seu piloto. A melhor forma seria em parceria com um time já existente, da mesma forma que acontece com Shank e Sam Schmidt, por exemplo. Só precisaria convencer Jon Bennnett, o co-piloto de Braun e dono da Core, a pagar pela empreitada.
4 – Scuderia Corsa
Se não há nenhum rumor sobre a ida da Core – apenas de Braun – para a Indy, outra representante da Imsa está prestes a desembarcar nos monopostos: a Scuderia Corsa, atual campeã na divisão GTD.
A esquadra, aliás, participou das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, com Oriol Servià e, inclusive, liderou algumas voltas na parte final da corrida. Para o ano que vem, o retorno à principal etapa do calendário já está confirmado, enquanto Giacomo Mattioli, dono da equipe, disse à revista “Racer” que já 50% de chances de inscrever um carro para toda a temporada.
Apesar de a Scuderia Corsa ser uma tradicional cliente da Ferrari nas provas de carros GT, a ida para a Indy não tem ligação – ao menos por enquanto – com a marca italiana.
3 – Dragonspeed
Para nós, brasileiros, a Dragonspeed ficou mais conhecida como a equipe para a qual Pietro Fittipaldi pilotava quando sofreu o grave acidente em Spa-Francorchamps, no começo do ano, em que quebrou as duas pernas.
Agora veterana das corridas de longa duração, a escuderia cogita disputar diversas etapas de 2019: as 500 Milhas, é claro, além de St. Pete, Long Beach, GP de Indianápolis, Portland e Laguna Seca.
Caso o retorno da esquadra para os EUA se confirme, o titular será Ben Hanley, que já compete pela Dragonspeed no WEC. Nos seus anos de kartismo, o britânico era considerado um dos melhores de sua geração, tanto que acabou assinando com o programa de pilotos da Renault.
Mas resultados abaixo do esperado fizeram com que ele perdesse o apoio da montadora enquanto estava na GP2 e, sem dinheiro, decidiu voltar aos karts. Foi quando acabou “pescado” pela Dragonspeed, que via nele uma aposta barata para reforçar seu plantel.
2 – Action Express
Não há nenhum rumor nem notícia até o momento sobre a AXR considerar correr na Indy em breve. Mas faria todo sentido. A Chevrolet está desesperada para se reforçar nos monopostos, onde só fornece motor para a Penske. É verdade que a parceria conquistou os últimos títulos (e a última Indy 500), mas neste ano a Honda já venceu provas com pilotos de quatro times diferentes, lidera o campeonato, tem o vice-líder e o novato mais bem classificado na tabela.
Para tentar equilibrar as forças, uma ideia seria trazer a Action Express, que já inscreve carros da Cadillac (também da GM), na Imsa. Dava até para chamar Felipe Nasr, com passagem pela F1 e que compete para o time.
1 – McLaren
Há muitas dúvidas se a McLaren vai voltar para a Indy em 2019. Afinal, os fracos resultados na F1 neste ano podem fazer com que a equipe destine seus recursos apenas à principal categoria do automobilismo mundial.
Mas muito vai depender da vontade de Fernando Alonso. Já escrevi aqui no World of Motorsport que, se o espanhol quiser conquistar a Indy 500 (e a Tríplice Coroa, consequentemente), o melhor era ir o quanto antes para os EUA.
E será que é tarde demais para a McLaren anunciar a ida para a Indy já em 2019? Depende dos planos da escuderia.
Como a ideia é se aliar a algum time já estabelecido – como Andretti e Rahal -, na prática a McLaren serviria como patrocinadora (e também levaria engenheiros e outros integrantes), então não precisa de tanta antecedência assim. O problema seria começar do zero, como fizeram Harding, Juncos e Carlin nos últimos meses.
Ao mesmo tempo, Michael Andretti tem pressa para negociar com pilotos disponíveis. É que o tempo para ele está apertado. Sua equipe tem quatro competidores sob contrato e mais dois na Indy Lights – Pato O’Ward e Colton Herta – que devem subir para a categoria principal em 2019. Ou seja, não dá para segurar para sempre um ou dois carros para a McLaren.