Não é muito comum para quem acompanha a Nascar ver o carro de número 3 ser inscrito por uma equipe diferente da de Richard Childress, a RCR.
Foi com esse número e pela RCR que Dale Earnhardt competiu na maior parte da sua carreira, tendo conquistado sete títulos.
Mas após a morte do piloto, durante a Daytona 500 de 2001, o número ficou “aposentado” e não foi escolhido por nenhum outro competidor.
Aposentado entre aspas, porque a Nascar nunca retirou o 3 de uso oficialmente. A equipe de Richard Childress continuava dona dos direitos sobre ele – até porque os produtos relacionados a Dale Earnhadt, como carrinhos e camisetas, continuavam entre os mais vendidos -, mas não o inscrevia em nenhuma corrida.
Tudo mudou quando Austin e Ty Dillon, netos de Richard Childress, começaram a carreira na Nascar e ganharam do avô o direito de usar o 3. Foi assim na passagem deles pela Truck Series, pela Xfinity e, mais recentemente, na Cup.
Ainda assim, o algarismo ficou restrito à família do dono do time. Mas no fim do ano passado, por causa da regra que impede os pilotos da Cup de participarem das últimas etapas da Xfinity, a RCR precisou colocar nomes como Brian Scott e Scott Lagasse Jr. no carro de número 3 na divisão intermediária da Nascar.
A liberação para o resto do grid só veio nesta quarta-feira, dia 31, quando Jordan Anderson exibiu o equipamento que vai pilotar nesta temporada: um truck com o patrocínio da Lucas Oil e o número 3.
Dessa vez, não há nenhuma ligação com a RCR. O próprio Anderson é o dono do time, e há uma parceria técnica com outra equipe, a Niece, igualmente pequena.
Agora, um detalhe curioso é que o truck apresentado nesta quarta foi um Toyota, enquanto Dale Earnhardt fez sucesso guiando pela Chevrolet. Mas Anderson disse que tem um modelo da Chevy e outro da Ford para serem usados a depender do tipo de pista.