Não me entendam mal, eu até acho que Scott Dixon será o campeão, na próxima semana, mas não dá para negar que a temporada 2017 da Indy foi um desastre para a Ganassi.
A equipe venceu uma única corrida (com Dixon, em Road America) e seus outros três pilotos somados só chegaram entre os cinco primeiros quatro vezes em toda a temporada.
Do outro lado, a Penske, sua maior rival, tem seus quatro pilotos na luta pelo título, incluindo Josef Newgarden, que mesmo após o erro em Watkins Glen chega a Sonoma com três pontos de vantagem na tabela.
Os problemas da Ganassi começam com o motor/kit Honda (bons apenas nos ovais longos, como Indianápolis), passam por um Tony Kanaan com desempenho muito abaixo do esperado e chegam a Max Chilton e Charlie Kimball, que pagam para correr e não são competitivos.
Ou seja, em um dia que Dixon não anda bem, a equipe não tem chances de vitória. É diferente da Penske, que mesmo quando um dos pilotos bate ou é punido, não é raro que os outros dois (ou até três) subam ao pódio. A temporada 2017, portanto, foi um choque de realidade para Ganassi, que, salvo o desempenho de seu principal piloto, está bem atrás da maior rival.
Para piorar, a equipe se envolveu em uma polêmica neste ano por nas etapas de Pocono e Gateway ter pedido que Max Chilton e Tony Kanaan, respectivamente, abandonassem. Eles estavam muitas voltas atrás, e a equipe considerou que não valia continuar correndo sem a chance de ganhar posições.
Após o péssimo ano, para 2018 a expectativa é uma reformulação.
Kanaan já anunciou que não fica, enquanto Kimball, que terá menos dinheiro de patrocínio, disse estar negociando com outras equipes (um dos rumores é que vai para a Carlin junto com Chilton), embora não descarte a renovação coma Ganassi.
Com a ameaça de uma das principais equipes da Indy agitando o mercado, a Andretti tratou logo de renovar com Alexander Rossi, enquanto a Schmidt corre para manter James Hinchcliffe.
Especulado na Ganassi, por enquanto, apenas Brendon Hartley, que voltaria aos monopostos depois de ter guiado para a Porsche no WEC.
Além de ser compatriota de Dixon, Hartley tem a vantagem de ter guiado para a equipe nas 24 Horas de Daytona do ano passado, além de conhecer as pistas dos EUA por ter competido na Grand-Am (que deu origem à Imsa) antes de ir para o WEC.