Sorte pode ser definida como estar preparado para caso uma surja uma oportunidade (isso se aparecer uma).
Dá para dizer, portanto, que Victor Franzoni teve sorte ao conquistar o título da Pro Mazda, segundo degrau do programa Road to Indy, neste domingo, dia 3, em Watkins Glen.
Sem contar com caminhões de dinheiro e grandes patrocinadores como outros pilotos, Franzoni passou as últimas temporadas trabalhando para as equipes – sendo desde mecânico no kartismo a coach de outros pilotos – para poder correr. Enquanto isso, ia se preparando dentro e fora da pista caso uma oportunidade surgisse.
Foi nessa dupla função que, no ano passado, terminou a USF2000 em terceiro, com três vitorias. Da mesma forma, nesse ano subiu para a Pro Mazda onde foi campeão.
Se na USF2000 Franzoni não lutou para valer pelo título porque há uma equipe dominante na categoria, a Cape, na Pro Mazda teve a sorte de o grid definhante contar apenas com ele com o australiano Anthony Martin como pilotos com chances reais de vitória.
Basta olhar para o treino classificatório em Watkins Glen para ver a falta de competitividade da categoria. T.J. Fischer, o quatro colocado, tomou 2s de Franzoni. O último dos 13 carros que andaram ficou 7s3 atrás.
E o brasileiro fez o que é preciso nessas situações da falta de adversários. Venceu sete e terminou em segundo nas 12 corridas disputadas.
Como resultado, garantiu a bolsa para disputar a Indy Lights no ano que vem e pela primeira vez desde 2013 não vai precisar pensar em dinheiro antes de uma temporada começar.
Mas é bom Franzoni não se acomodar. É preciso começar a buscar o quanto antes novos patrocinadores, seja para um segundo ano na Indy Lights, em 2019, ou para subir de vez para a Indy. Afinal, a bolsa da Mazda não vai durar para sempre.
Você pode clicar aqui para ver os resultados completos de Franzoni em Watkins Glen, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial neste fim de semana.