Pietro Fittipaldi deixou a má fase para trás após duas etapas problemáticas na World Series, em Monza e em Spa-Francorchamps, e voltou a vencer em Jerez, onde também obteve um segundo lugar.

Com os resultados, ele pulou para a segunda colocação do campeonato, com 119 pontos, apenas um atrás de René Binder, seu companheiro de equipe na Lotus.

O próprio brasileiro descreveu o azar nessas corridas afirmando que qualquer um pensaria que um piloto com três poles e um segundo lugar no grid de largada de quatro corridas certamente deve ter vencido alguma delas. E Fittipaldi nem sequer chegou aos pódio, o que, para ele, foi a parte inacreditável.

Os problemas começaram em Spa, quando sofreu com uma falha com a embreagem, que superaquecia. Na primeira corrida no circuito belga, ficou parado na largada por causa do problema mecânico e só conseguiu escalar até o oitavo lugar (de 12 pilotos), já que o acerto do carro também não era o ideal.

Na segunda bateria, voltou a ter problemas, mas dessa vez não foi na largada. Saindo na pole, Fittipaldi dominava a prova até a hora de fazer o pit-stop obrigatório. Na hora de deixar os boxes, e o sistema voltou a falhar, fazendo com que ele caísse para sexto na bandeirada.

Em Monza, a embreagem voltou a complicar a situação do piloto na primeira bateria. Para piorar, ele ainda foi tocado por Damiano Fioravanti na segunda curva, o que furou o pneu da Lotus. O brasileiro, então, foi para os boxes e cruzou a linha de chegada em nono.

E na segunda bateria italiana, o neto de Emerson não teve problemas mecânicos. Foi de estratégia. Caiu para quarto no começo, mas já estava em segundo quando esperava ultrapassar Nissany nos boxes.

Só que o safety-car foi acionado e, como já havia parado, Binder assumiu a liderança. Depois, o brasileiro não conseguiu superar Nissany na parada e ainda viu Yu Kanamuru voltar dos pits em terceiro, na frente dele.

Fittipaldi tem sido, sem dúvidas, o piloto mais rápido desse ano, com seis poles em oito etapas até agora, mas os problemas têm tornado a campanha mais complicada do que deveria. Sorte dele que Egor Orudzhev, seu principal rival na luta pelo título, está com um desempenho muito abaixo do esperado, com apenas uma pole e nenhuma vitória até agora. É o sexto, com 85 pontos.

Sem o russo, o brasileiro vai tendo Binder e o israelense Roy Nissany como principais adversários na luta pelo título. São dois pilotos que estão na categoria há alguns anos (o austríaco até na GP2 já correu) e usam a experiência para conseguir andar na frente. Mas para as pretensões da carreira do neto de Emerson seria muito ruim perder para Nissanys e Binders nesse momento.

Publicidade