Difícil pensar que a F1 conseguiria produzir uma notícia tão bizarra quanto a aposentadora de Nico Rosberg logo após ter conquistado o título de 2016.

Demorou só cinco meses, e ela veio. Fernando Alonso não vai disputar o GP de Mônaco e, no lugar, vai correr nas 500 Milhas de Indianápolis pela Andretti.

É algo tão inesperado que eu olhei o relógio umas três vezes para conferir não se tratar de algum 1º de abril.

Mas passado o choque do anúncio, em uma análise sem a pressa do momento, dá para dizer que após duas corridas no ano Alonso e McLaren já jogaram a toalha. Eles já sabem que por mais que o motor Honda melhore, nada vai sair do equipamento deste ano. Então tanto faz perder uma corrida ou outra em troca de ser mais competitivo em outro lugar.

Melhor ainda se esse outro lugar for também com o motor Honda, como é o caso da Indy.

E não se pode esquecer que o contrato de Alonso termina no fim deste ano. Correr na Indy 500 pode ser a forma de salvar a passagem dele pela McLaren. Como na F1 ele não deve ter resultados expressivos, ao menos pode deixar Woking no fim do ano rumo a outra escuderia com uma vitória nas 500 Milhas.

Do contrário, a passagem de Alonso será marcada por mais um fiasco de três anos, vítima de um equipamento ruim.

E, para os dirigentes, por que não arriscar que uma eventual vitória em Indianápolis possa ser o suficiente para que ele renove com a McLaren? Melhor arriscar agora para não ficar sem nada no fim do ano.

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