
Um dos entraves no debate sobre o halo, a proteção para a cabeça dos pilotos que deve estrear na próxima temporada da F1, é feito por quem nunca subiu em um carro de corrida.
Um monte de gente sentada no sofá de casa não quer nem saber se o halo ajuda a aumentar a segurança ou se pode evitar acidentes fatais. Acha que ele é feio e ponto. Isso basta para que, na opinião dessas pessoas, ele não entre na F1.
Aí, pressionada ela repercussão negativa da peça, a FIA vai atrasando ao máximo a decisão de qual proteção para a cabeça os pilotos vão ter nos monopostos.
Para tirar a dúvida se o halo pode funcionar, nada melhor que perguntar para quem vive das pistas e, por exemplo, já teve uma roda passando a poucos centímetros da cabeça ou foi atingido no capacete pela mangueira do radiador de um carro.
Aliás, esses incidentes aconteceram neste fim de semana com João Vieira, na etapa de Mugello da F4 Italiana. Na segunda bateria, o piloto, que saía da sétima posição do grid, teve um problema no equipamento e não conseguiu largar.
Foi acertado violentamente por dois competidores e teve toda a parte traseira do seu carro destruída, além de sofrer queimaduras por causa do líquido que vazou da mangueira do radiador.
Assustado ao ver um pneu passar próximo da cabeça, Vieira disse que o acidente o fez mudar a percepção sobre o halo.
“Agora sou a favor, antes era contra. Acho que quando acontece com você a coisa é diferente”, disse o piloto ao World of Motorsport após o forte acidente.
“O halo é mais caso uma roda se solte. Ainda não vi uma versão que eu gostei 100%. Porque o aerosceen da Red Bull ainda é aberto por cima. Também não sei se fechar totalmente seria uma solução, porque criaria outro problema muito maior: o calor seria imenso”, avaliou.
“Entre o halo e o da Red Bull, prefiro o da Red Bull”, completou.
Você pode clicar aqui para conferir os resultados completos da F4 Italiana em Mugello, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial.