
Aguardado com expectativa pelos últimos oito anos, o retorno da Indy a Road America, com um público esperado de 100 mil pessoas ao longo de todo o fim de semana, mostra como a categoria não consegue se renovar.
O certame se encaminha para chegar a 2020, mas com o objetivo de ser aquela Indy do fim da década de 1990 e início dos 2000, em que conseguia até mesmo rivalizar com a F1 em importância.
O retorno de Road America é um desses passos à frente (ou atrás, dependendo do ponto de vista) rumo ao que um dia a categoria foi.
Prova dessa falta de novidades é que boa parte dos pilotos da última prova de Elkhart Lake, como a pista também é conhecida, continua no certame.
Se eu falar que o pódio de 2007 teve Sébastien Bourdais no degrau mais alto e Graham Rahal em terceiro, alguém mais desatento pode imaginar que estou falando do resultado de uma das corridas deste ano em Detroit.
Também estiveram na prova de 2007, Will Power e Simon Pagenaud, dois favoritos à vitória neste fim de semana, além de Katherine Legge, Oriol Servià e Alex Tagliani, que correram (ou tentaram) a Indy 500. Isso sem falar no saudoso Justin Wilson.
A situação é ainda mais curiosa se lembrarmos que Helio Castroneves, Tony Kanaan, Scott Dixon e Juan Pablo Montoya também já correram em Road America antes da separação da Indy em IRL e Champ Car. Somando esses quatro aos que estiveram em 2007, oito dos 14 primeiros colocados da tabela de pontos deste ano são veteranos que já estiveram em Elkhart Lake.
Divagando um pouco, é curioso pensar o que vai acontecer com a Indy na hora que Dixon, Castroneves, Kanaan, Bourdais e companhia se aposentarem.
Pode ser a chance de atrair novos pilotos promissores, tanto da Europa quanto dos EUA, e enfim, pelo fator novidade, atrair o investimento necessário para recuperar a grandeza perdida.
Ou pode ser a pá de cal final. Terá se ido embora o último motivo para alguém acompanhar a categoria.
Futuro (emborar me pareça ser sombrio), aprendendo com o que foi feito no passado que funcionava.
A renovação de pilotos não tem acontecido, para os TOPs, mas na F1 também não é muito diferente. O que é igual entre ambas, é a situação dos BRs, sem perspectiva nenhuma de futuro.
O carro é feio de doer, os aerokits, não ajudaram em nada.
As famigeradas cagadas na administração seguem acontecendo (provas canceladas depois de muito alarde).
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