Felipe Massa
Felipe Massa é especulado para deixar a Williams e ir para a Renault em 2017

De forma até mesmo incomum o mercado de pilotos para a temporada 2017 da F1 começou um pouco mais cedo neste ano. A Red Bull já garantiu a permanência de Max Verstappen e Daniel Ricciardo, dois pilotos que eram cobiçados por outras equipes.

A principal vaga no momento é a do companheiro de Lewis Hamilton na Mercedes, embora Nico Rosberg dificilmente vá embora. A Ferrari também precisa decidir quem correrá ao lado de Sebastian Vettel, com Sergio Pérez e Kimi Raikkonen aparecendo como favoritos.

Felipe Massa é outro com o futuro colocado em dúvida. A Williams tem conversado com Jenson Button, que deseja encerrar a carreira com a equipe britânica, e não parece que vai perder Valtteri Bottas, já que os rumores sobre a saída do finlandês deram uma esfriada com relação ao ano passado.

Massa, cujo contrato termina no fim deste ano, aparece especulado na Renault, montadora que voltou à F1 em 2016 com uma equipe oficial.

Aos 35 anos e possivelmente negociando o último grande contato na categoria, ir para fabricante francesa pode ser uma opção melhor que ficar na Williams.

Os vínculos na F1 geralmente são de três temporadas, então, assinando com a Renault, o brasileiro garantiria ficar na principal categoria do automobilismo mundial ao menos até o fim de 2019, em uma vaga que não dependeria necessariamente do patrocínio levado por ele.

E a Renault tem interesses maiores nele que dinheiro. Em primeiro lugar, Massa é um piloto experiente e que poderá ajudar a equipe se reestruturar, da mesma forma que fez com a Williams.

E, em segundo, a Renault considera o Brasil um mercado bastante importante, embora não esteja mais vendendo tantos carros por aqui (é crise, ninguém está) quanto há alguns anos.

Para Massa, mudar de equipe também é a possibilidade de voltar a brigar por bons resultados. A Williams, que chegou a ser a segunda força da F1 em 2014, já foi passada por Ferrari e Red Bull e tem menos pódios que a Force India neste ano. A tendência é que, cedo ou tarde, acabe superada por McLaren (Honda) e Renault, que contam com orçamento das montadoras.

A Renault, por exemplo, assinou no ano passado um acordo para investir cerca de 1 bilhão de euros na F1 em dez anos, embora não signifique 100 milhões anuais nesse período. É gradativo. Ou seja, começa menor agora neste retorno da fabricante à F1 e ficará melhor no fim do período. Massa, assim, em caso de mudança de equipe, pegaria ainda as vacas magras.

Porém há a certeza de que o carro do ano que vem será melhor que o desse ano.

Como a fabricante só finalizou a compra da Lotus em dezembro de 2015, o equipamento que está indo à pista foi feito para receber motor e câmbio da Mercedes e precisou ser adaptado de última hora para receber o Renault.

Isso sem falar que, com a expectativa da venda, a Lotus investiu muito pouco no carro deste ano.

E o foco da Renault nunca foi 2016, tanto que ela não fez qualquer esforço para montar uma dupla de pilotos competitiva. Optou pelo dinheiro de Pastor Maldonado e Jolyon Palmer, embora o venezuelano tenha sido substituído por Kevin Magnussen justamente pela falta de pagamento.