
Foi pelo motivo errado, mas finalmente Stoffel Vandoorne estreou na F1 neste fim de semana de GP do Bahrein.
O piloto belga substituiu Fernando Alonso, vetado pelos médicos após o grave acidente que sofreu no GP da Austrália.
Quis a ironia do destino de o chamado ter acontecido em um dos poucos fins de semana em que há um choque de datas entre a F1 e a Super Formula, categoria japonesa da qual Vandoorne vai participar neste ano.
Ele, aliás, estava no Japão durante a semana, participando dos testes coletivos na pista de Okayama. Andou só no primeiro dia porque precisou voltar às pressas ao Bahrein. Mesmo assim foi o quarto colocado, 0s4 atrás do líder Naoki Yamamoto.
Na F1, com o pouco tempo de teste que a categoria tem, seria difícil exigir qualquer tipo de resultado por parte do belga neste primeiro momento.
Assim, ele não teria condições de repetir o seu desempenho na GP2 e na World Series by Renault, categorias nas quais ele venceu sua corrida de estreia.
Mas ter se classificado à frente de Jenson Button e ter pontuado é um ótimo resultado, ainda que em alguns momentos da prova pareceu que o belga tivesse condições de ir além do décimo lugar.
Com Vandoorne, a F1 teve em seu grid no Bahrein alguns dos pilotos que devem dominar a categoria nos próximos anos.
Quando Lewis Hamilton, Fernando Alonso, Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel se aposentarem, o bastão deve passar para Vandoorne, Max Verstappen, Pascal Wehrlein (outro que impressionou em Sakhir), além de Esteban Ocon e Charles Leclerc, reserva e piloto em desenvolvimento de Renault e Haas, respectivamente.
Eles só precisam tomar cuidado para não acontecer o mesmo que a geração de Romain Grosjean, Nico Hulkenberg, Sergio Pérez, Valtteri Bottas e do saudoso Jules Bianchi. Ficaram tempo demais em equipes medianas, ainda não conseguiram subir às grandes e podem acabar superados pelos mais novos.