
Há uma frase famosa dizendo que mais difícil do que chegar ao topo é se manter nele. É o que os pilotos da GT Academy, o programa da Nissan para descobrir novos talentos no videogame, estão vivendo.
Depois de realizarem o sonho de deixar o sofá de casa para se tornar um profissional das pistas, eles estão descobrindo que seguir carreira no esporte a motor não é tão fácil quanto parecia.
É que os representantes da GT Academy são a mais nova vítima do corte de custos da Renault/Nissan.
Com o retorno da montadora francesa à F1, ela passou a diminuir o dinheiro investido em outras categorias do automobilismo mundial. Assim, a World Series by Renault voltou para o comando de Jaime Alguersuari Sr após mais de uma década, enquanto a Nissan encerrou o fracassado projeto do protótipo do WEC.
Um dos responsabilizados pela derrocada no WEC foi Darren Cox, que deixou a montadora no fim do ano passado.
Cox era o principal entusiasta do projeto da GT Academy e acreditava que a Nissan poderia se estruturar com os pilotos vindos dos games, além de reforços pontuais.
Com a saída dele e a diminuição do dinheiro, a montadora reformulou seus plantéis. Dos vencedores da GT Academy dos últimos anos, restaram apenas Lucas Ordoñez, Jann Mardenborough, Bryan Heitkotter, Ricardo Sánchez, além dos ganhadores do ano passado Matt Simmons e Romain Sarazin.

Assim, entre os que deixaram a fabricante estão Wolfgang Reip, campeão da Blancpain Endurance Series e vencedor das 12 Horas de Bathurst no ano passado, Florian Strauss, também triunfante em Bathurst, Mark Shulzhitskiy, um dos pilotos do LMP1, e Gaetan Paletou.
Agora, vai ser interessante como eles vão conseguir retomar a carreira. Se por um lado conseguiram resultados importantes correndo pela Nissan, do outro ainda sofrem preconceitos por um dia terem sido jogadores de videogame e não terem feito o caminho tradicional do kart.
Fora que também vão precisar bater de porta em porta atrás de um patrocinador, algo não tão necessário para jogar videogame nem quando se tem o apoio de uma fábrica.
Será que alguma equipe estará disposta a apostar neles?
Jan Mardenborough sempre se safando de ser limado.
Já torci muito pelo britânico,de me virar pra ver corridas da F3 e me esforçar muito pra tentar ve-lo lá no fim do pelotão.
Mas depois de tantos resultados medíocres e participações apagadas nas mais diversas categorias eu desisti.
Talvez possa estar exagerando,mas passei a considera-lo,de revelação e nome pra ficar de olho para um piloto que teve sorte por ainda estar correndo em categorias top da base.
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Se tiveram bons resultados e mostraram capacidade de competir na pista real, não vejo porque não terem chance. O empecilho será atrair patrocinadores.
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