Pedro Piquet vai correr no automobilismo europeu em 2016. O filho de Nelsão acertou na última semana com a equipe Van Amersfoort para disputar a F3 Euro.
A tradicional esquadra holandesa foi fundada em 1975, mas ganhou destaque no continente europeu ao levar Carlo van Dam, Laurens Vanthoor e Richie Stanaway ao título da F3 Alemã, entre 2007 e 2011.
Quando a equipe decidiu participar da F3 Europeia, há dois anos, o começo foi bastante conturbado. Mas o time conseguiu renascer, em 2014, ao ser escolhido por Max Verstappen para sua única temporada nas categorias de base.
Neste ano, por causa do sucesso do holandês da Toro Rosso, conseguiu assinar com os promissores Charles Leclerc, Alessio Lorandi e Arjun Maini.
O problema é que a temporada deles pode ser dividida em duas. Se levar em conta os resultados nas primeiras 18 corridas, até a etapa de Norisring, Leclerc só terminou fora do pódio cinco vezes, sendo duas devido a abandonos. Nas últimas 15 provas, jamais chegou entre os três primeiros.
Maini marcou apenas quatro dos seus 27 pontos na segunda metade da temporada, em que pese o indiano ter andado bem apenas no GP de Pau. Lorandi, que somou 26 ao longo de 2015, ficou zerado na parte final do ano.
E essa é uma dificuldade que Piquet terá que enfrentar. Ele se junta a uma equipe sabidamente vencedora – Leclerc teve quatro triunfos neste ano –, mas que não está numa boa fase e foi ultrapassada pelas rivais.
Outro desafio para o brasileiro será se adaptar ao automobilismo europeu. Ele praticamente nunca correu contra os pilotos da F3 Euro, então ninguém sabe qual o real potencial dele. Apesar do bicampeonato da F3 Brasil, não dá para saber até que ponto o domínio foi devido ao próprio talento, ao equipamento ou à qualidade do grid.
Para começar a responder essa pergunta, Piquet também anunciou que vai disputar a Toyota Racing Series, no começo de 2016, na Nova Zelândia.
World of Motorsport 