
O acidente que resultou na morte de Justin Wilson na etapa da Indy em Pocono, quando um pedaço do carro de Sage Karam acertou a cabeça do piloto inglês, trouxe uma velha discussão à tona: está na hora de cobrir o cockpit dos carros?
Um dos principais argumentos de quem defende manter o equipamento como está ou colocar apenas uma pequena proteção na frente é que a capota descaracterizaria os carros atuais.
Para eles, a proteção também deixaria mais difícil identificar quem é o piloto que está dirigindo.
No entanto, a grande questão é se estamos dispostos a ter essa conversa novamente. Ou seja, se precisamos esperar o próximo piloto ser acertado na cabeça por detritos para que as capotas sejam colocadas nos carros.
Afinal, se os carros não forem totalmente cobertos, sempre haverá o risco, ainda que mínimo, de um acidente desses se repetir.
É claro que todo acidente grave ou fatal é provocado por inúmeros fatores que estão fora do controle dos pilotos e dos organizadores. Mas a batida de Wilson é a terceira de grandes proporções em cinco anos na categoria.
Antes, Dan Wheldon morreu por acertar a cabeça em um poste de sustentação da grade no big one no oval de Las Vegas, em 2011, e Dario Franchitti foi obrigado a encerrar a carreira dois anos depois em uma batida similar em Houston.
Fora a morte de Jules Bianchi, na F1, quando o piloto bateu com a cabeça em um guindaste que recolhia o carro acidentado de Adrian Sutil.
Assim, podemos colocar enfim a capota nos carros ou é preciso esperar para ver quem será o próximo dessa lista?
Na maioria dos lugares que li falando sobre o acidente do Bianchi, atribuiu-se à súbita desaceleração a causa da morte do piloto. Não houve pancada direta do capacete. Mas acredito que está passando da hora de proteger a cabeça dos competidores.
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