
Demorou, mas finalmente podemos dizer que a temporada 2015 da Indy pegou.
Após a vitória de Graham Rahal na última etapa, em Mid-Ohio, onde sua família é idolatrada, o americano entrou de vez na briga pelo título e está apenas nove pontos atrás de Juan Pablo Montoya na tabela.
A próxima corrida acontece em Pocono, no dia 23 de agosto e não pode definir o campeonato matematicamente, uma vez que a prova decisiva em Sonoma distribuirá mais de 100 pontos para o vencedor, graças à regra de pontuação em dobro.
O duelo entre Rahal e Montoya também representa a briga entre Honda e Chevrolet, as duas montadoras presentes no certame.
A Chevrolet começou o ano dominante, mas a rival nipônica foi diminuindo a diferença etapa após etapa. Em particular Rahal, que já venceu duas vezes em 2015 –tinha triunfado também em Fontana– e acertou na estratégia diversas vezes para subir ao pódio.
A guerra entre as duas fornecedoras cresceu em Indianápolis. Na etapa mais importante do ano, o equipamento da Chevrolet causou diversas decolagens, obrigando a direção da Indy a mudar as regras e obrigar ajustes nos carros, que os deixavam mais lentos.
A Honda ficou possessa com a decisão. Com o equipamento sem o mesmo problema de levantar voo, a montadora japonesa também precisou fazer as modificações e viu Montoya e Will Power, ambos da Chevrolet, duelarem pela vitória.
Apesar da polêmica, a Honda continuou trabalhando para desenvolver o equipamento e foi aproveitando cada falha dos carros adversários para colocar Rahal na luta pelo título.
E quem saiu perdendo foi a Andretti, que também usa motores Honda. Com a melhora do equipamento japonês, é inadmissível que o time campeão de 2012, com Ryan Hunter-Reay, tenha sido batido tão facilmente pela Rahal e esteja fora da batalha pela taça.
Nem dá para colocar a culpa no equipamento.