
A Indy teve uma das melhores corridas recentes de sua história neste sábado, dia 27, no Auto Club Speedway.
Com os carros lado a lado por praticamente todas as voltas, o resultado ficou indefinido até o final, quando o acidente entre Ryan Briscoe e Ryan Hunter-Reay garantiu a vitória de Graham Rahal.
A corrida, porém, recebeu críticas por parte dos pilotos após a bandeirada.
Como durante as voltas houve um só pelotão, o risco de batidas aumentou. Além de Briscoe, que decolou no fim da prova, Helio Castroneves, Josef Newgarden, Ed Carpenter, Will Power e Takuma Sato se envolveram em toques, causados principalmente pela proximidade entre os carros.
A Indy tem buscado eliminar os pelotões desde 2003, quando Kenny Brack teve o equipamento desintegrado ao acertar o alambrado da pista do Texas.
Na ocasião, o sueco decolou ao tocar na roda traseira de Scott Dixon, e sobrou praticamente apenas o monocoque. Depois de passar por diversas cirurgias, Brack abandonou a carreira.
Como resposta ao acidente do sueco, a categoria foi tirando o downforce dos carros, mas o recolocou gradativamente no fim da década passada. A morte de Dan Wheldon, em 2011, porém, fez a organização do certame abandonar esses planos.

Desde então, a Indy tem optado por correr apenas em ovais grandes, como Indianápolis ou Auto Club, onde há mais espaço, sem o risco de um ‘big one’ como o que matou Wheldon.
Só que os novos kits aerodinâmicos deixaram os carros mais presos ao chão e, consequentemente, mais próximos neste fim de semana. Com o acidente de Briscoe no fim em mente, ninguém quer ser o próximo Wheldon.
Mas um maior espaçamento entre os competidores também significa corridas mais chatas e previsíveis. Tirando Fontana e as 500 Milhas, a temporada da Indy não engrenou, e já teve o bizarro resultado de uma prova decidida por pilotos se tirando da disputa ao usar pneus de chuva no asfalto seco.
A solução para a categoria talvez seja não se preocupar tanto com downforce e incentivar o retorno dos pelotões. Em contrapartida, é mais do que óbvia a necessidade de reforçar a segurança dos monopostos e encontrar uma maneira para que eles não decolem. Nesse sentido, a proteção na roda traseira já é um ótimo começo.
Há alguns anos a Nascar tinha o mesmo problema com carros voadores, mas diminuiu o risco ao colocar flaps no teto das máquinas.
Também não dá para evitar todos os acidentes. Até porque a batida mais grave na categoria desde a morte de Wheldon não aconteceu em um oval. Foi no circuito de rua de Houston, acabando com a carreira de Dario Franchitti.
E, para você, a categoria precisa diminuir o downforce por segurança?
Você pode clicar aqui para ver os resultados da Indy no Auto Club Speedway, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial neste fim de semana.
Creio q não adiantaria em nada diminuir o downforce dos chassis…Circuitos ovais são sabidamente perigosos e todos querem participar mesmo assim!
Aliás, corridas de carros são sabidamente perigosos, ou alguém aí esqueceu de acidentes como de Heidfeld na abertura da F-E, ou do próprio Piquet Jr. na Indy Lights?
Enfim, foi uma das corridas mais fantásticas que já assisti da Indy, o único problema é que alguns pilotos precisam saber que não é corrida de stock car, aqueles que vc pode dar uns “totozinhos” no adversário. E outra, tá num 4-wide, te vira!, pois já é bem pago para isso e crescido o suficiente pra saber do perigo!
Parabéns pelo texto xará!
CurtirCurtir