Charles Leclerc foi anunciado nesta quarta-feira, dia 14, como novo piloto da equipe Van Amersfoort para a disputa da temporada 2015 da F3 Euro.
Tendo Nicolas Todt como empresário – o mesmo de Felipe Massa, Pastor Maldonado e Jules Bianchi –, o monegasco de apenas 17 anos de idade é mais um desses garotos badalados desde a época do kartismo a dar o pulo para a F3 sem antes ter acumulado ampla experiência nos monopostos.
Se antes os pilotos passavam anos em certames como F-Renault, F-Ford e F4, Leclerc precisou de apenas uma temporada na F-Renault Alps – e algumas corridas como convidado na Eurocup – para conseguir a promoção.
E ele não é o único nessa situação. Dorian Boccolacci, do programa júnior da Lotus, fechou também nesta quarta contrato com a Signature para participar do mesmo campeonato. Antes disso, ele havia sido vice-campeão da F4 Francesa, em 2014, no único ano nos monopostos.
Os dois se juntam aos já confirmados George Russell (um ano entre F-Renault e F4 Inglesa), Lance Stroll (um ano na F4 Italiana), Santino Ferrucci (meio ano na F3 e meio na F2000) e ao ainda mais prodígio Alessio Lorandi, que até o ano passado ainda estava no kartismo e agora será parceiro de Leclerc na escuderia holandesa.
Para entender por que tantos pilotos estão subindo à F3 de forma tão precoce é preciso levar em conta dois fatores.
O primeiro, claro, é Max Verstappen. Ao sair do kartismo direto para a F3 no ano passado e ainda lutar pelo título, o holandês mostrou que é possível, sim, dar os primeiros passos nos monopostos com carros mais potentes, sem prejudicar o desenvolvimento da carreira.
O outro é o vácuo criado no próprio grid da categoria europeia após a última temporada. Em 2014, mesmo com a estreia de Verstappen, de Esteban Ocon e de Antonio Fuoco, a maior parte do grid era formada por veteranos, alguns com dois ou três anos na modalidade.
Agora, praticamente todo mundo está indo embora. Os mais experientes se graduaram para campeonatos maiores, ao mesmo tempo em que os jovens pilotos também conseguiram a promoção. Verstappen estará na F1, Ocon é especulado tanto na GP2 quanto no DTM e Fuoco pode se mandar para a GP3.
Assim, com poucos pilotos voltando em 2015, as equipes da F3 Europeia foram obrigadas a buscar nos certames menores os melhores nomes disponíveis.
Enquanto isso, a F-Renault Eurocup também viveu um ano atípico em 2014, com diversos competidores disputando uma terceira temporada. Como a montadora francesa dá uma bolsa para o campeão, muitos preferiram arriscar mais um ano por lá de olho na promoção à World Series. Foi isso o que aconteceu com Nyck De Vries, o vencedor do certame, que deve ter a companhia de colegas como Andrea Pizzitola, Kevin Jörg, Bruno Bonifacio, Egor Orudzhev, Aurélien Panis e Gustav Malja nesta temporada.
Como esses pilotos mais experientes não estavam muito dispostos a dar uma chance à F3, os empresários dos jovens badalados perceberam a oportunidade e conseguiram costurar os vários acordos. Dessa forma, a F3 Europeia está no caminho de repetir temporadas históricas do passado e contar com um dos grid mais impressionantes do automobilismo atual.
Você pode clicar aqui para conferir os pilotos já confirmados até agora.
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Não deu certo aquele projeto do motor Renault na F3 com a parceria da Signature?
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No ano passado, não. O motor era pouco potente e eles sequer estrearam. Aí a Signature voltou no fim do ano com Volkswagen.
Quem testou a Renault desde então foi a ma-con, que se inscreveu para a F3 agora em 2015. Resta ver se eles vão ser aceitos, se vão fechar com alguém e, bem, se o motor vai andar.
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