
O último post de 2014 no World of Motorsport não é bem uma retrospectiva. É mais uma daquelas listas que elege os melhores da temporada. Para isso, peguei os mesmos quesitos que o site Driver Database usava nas eleições há alguns anos e comento aqui os meus vencedores. Além disso, em todas as categorias também entra um prêmio – digamos assim – para o melhor brasileiro. Vamos aos eleitos!
Revelação do ano: Max Verstappen. Nenhuma novidade aqui. O que falar de um piloto que saiu do kart rumo à F1 em menos de um ano? Ele não foi brilhante na F3 Euro, embora tenha vencido dez vezes em 2014, incluindo seis consecutivas, mas fez a FIA mudar as regras para a superlicença para evitar prodígios como ele no futuro. Outros nomes de destaque foram Marco Wittmann, Pascal Wehrlein e Esteban Ocon.
No Brasil: João Vieira. Quem acompanhava o kartismo por aqui já sabia do potencial de João Vieira. Faltava chamar a atenção de alguém lá de fora. E isso aconteceu ao participar de uma corrida de kart em Ímola em homenagem aos 20 anos da morte de Ayrton Senna. Naquele dia, passou a ser protegido de Giancarlo Minardi e fez um boa temporada na F4 Italiana.
Melhor piloto de turismo, protótipo ou rali: Jamie Whincup. O australiano teve um 2014 de altos e baixos, incluindo um jejum de nove corridas fora do pódio. Mas ele deixou tudo isso para trás com 14 triunfos no ano, garantindo o hexacampeonato com uma vantagem recorde, de quase 600 pontos, para o segundo colocado. Outros nomes de destaque foram Wittmann e Kevin Harvick.
No Brasil: Christian Fittipaldi. O sobrinho de Emerson Fittipaldi teve uma temporada extremamente constante nos Estados Unidos e, ao lado de João Barbosa e com ajuda de Sébastien Bourdais, garantiu o primeiro título da história da United Sportscar, com direito a vitória nas 24 Horas de Daytona.

Melhor kartista: Lando Norris. O inglês se tornou o piloto mais jovem da história a vencer so títulos europeu e mundial de kart na divisão KF.
No Brasil: Gianluca Petecof, de 11 anos apenas, teve uma temporada dominante nos Estados Unidos. Felipe Drugovich e Murilo Della Coletta também tiveram bons resultados na KFJ.
Surpresa do ano: Marco Wittmann. Já citei o alemão algumas vezes aqui, e finalmente chegou a hora de premiá-lo. Com o superplantel da BMW no DTM, quem imaginaria que este piloto de 25 anos acabaria com o título com duas rodadas de antecipação?
No Brasil: Gaetano Di Mauro. Outro garoto que já mostrava muito talento no kartismo, Gaetano superou a transição para o automobilismo europeu, com uma nova equipe na F4 Inglesa para acumular três vitórias entre a temporada principal e o campeonato de inverno.
Piloto de monopostos do ano: Lewis Hamilton. O inglês só venceu 11 das 19 corridas da temporada 2014 da F1. Mais do que isso, soube manter a calma e superar os jogos mentais do companheiro de equipe, Nico Rosberg, para conquistar o bicampeonato mundial.
No Brasil: Pietro Fittipaldi. Dez vitórias no ano, sendo oito seguidas e a taça da F-Renault Inglesa. Esse foi o desempenho do neto de Emerson neste ano. Ele ainda fez boas corridas nas versões Alps e Eurocup da montadora francesa e acabou selecionado pela academia de pilotos da FIA para algumas aulas no ano que vem.

Novato do ano: Stoffel Vandoorne. A McLaren está cometendo um erro muito grande em não dar espaço ao jovem piloto belga. Na primeira temporada na GP2, ele venceu logo na corrida de estreia e fechou a campanha com um recorde de quatro poles consecutivas. Foi o vice-campeão, mas impressionou muito, mas muito mais que Jolyon Palmer e Felipe Nasr, os outros candidatos ao título.
No Brasil: Felipe Fraga. O piloto radicado no Tocantins teve um ano de altos e baixos na Stock Car, algo comum para um estreante na categoria. Ele venceu na estreia, mas ao lado de Rodrigo Sperafico. Mesmo assim, ainda conseguiu uma pole em Brasília e um triunfo em Goiânia, mostrando do que é capaz. O único problema foi que ele só subiu ao pódio mais uma vez em 2014, em Salvador.
Piloto do ano: Lewis Hamilton. Vencer a F1 sempre é especial, mas fazer isso com 11 vitórias e sempre ultrapassando o companheiro de equipe e maior rival na luta pela taça durante as corridas faz a façanha ser ainda maior.
No Brasil: Rubens Barrichello. No ano em que a Stock Car mudou as regras, o ex-piloto de F1 soube aproveitar a consistência para reencontrar o caminho das vitórias e poder celebrar o título.