
Nesta segunda parte do mercado de pilotos da F1, a Toro Rosso saiu na frente e já garantiu Max Verstappen e Daniil Kvyat para 2015. A contratação do holandês, aliás, acabou sendo a grande movimentação do verão europeu, uma vez que provavelmente tenha envolvido a vaga na equipe de Faenza como trunfo para afastar o garoto da Mercedes.
Já os demais times menores ficam no eterno dilema envolvendo talento e dinheiro, o que pode levar as discussões para os últimos momentos da pré-temporada.
Toro Rosso
Max Verstappen e Daniil Kvyat
O desempenho da Toro Rosso em 2014 não tem sido bom. A equipe até mostrou potencial ao colocar os dois carros no Q3 do GP da Austrália e ter pontuado tanto com JEV quanto com Kvyat na abertura do campeonato, mas desde então a coisa parece ter desandado, e a dupla se envolveu em diversos incidentes.
Com toda a cúpula do time reclamando do rendimento, a saída de Vergne era certeza. A surpresa foi a contratação de Max Verstappen, de 16 anos. Talvez o holandês não fosse a melhor escolha neste momento, mas era a única opção que a Red Bull tinha para afastá-lo da Mercedes. Deu certo.
Com os dois pilotos já decididos, a expectativa é de mudanças dentro do departamento de engenharia e, quem sabe, um investimento maior por parte da Red Bull.
Lotus
Romain Grosjean e Pastor Maldonado
A Lotus já confirmou a renovação de Pastor Maldonado e o dinheiro da PDVSA para o ano que vem. O problema agora é definir quem será o parceiro do venezuelano. O contrato de Grosjean acaba neste ano, e o francês está livre para negociar com outro time. A McLaren aparece como favorita devido à ligação do piloto com Eric Boullier, desde o tempo em que ambos estavam na Dams, nas categorias menores.
Se Grosjean realmente sair, quem aparece com alguma chance é o malaio Jazeman Jaafar. Apoiado pela Petronas, o asiático teria sido a condição da empresa petroleira para apoiar financeiramente a troca de propulsores do time de Enstone da Renault para a Mercedes.
Quem também pode pintar na escuderia é Esteban Ocon. Líder da F3 Europeia, o francês é apoiado pela Genii – dona da Lotus – desde o início da carreira. Como a Mercedes também está interessada no garoto, a mudança de propulsores pode ser o empurrão que faltava para que ele entre na F1. Se Max Verstappen estará na categoria em 2015, por que ele não pode?
Marussia
Jules Bianchi e Max Chilton
A Marussia é outro time que só deve definir os pilotos depois do fim do campeonato. Com o bom desempenho de Bianchi após ter pontuado em Mônaco, o francês pode garantir uma promoção para a Ferrari – caso Raikkonen caia fora – ou ao menos para algum time da metade do grid, como a Sauber.
Mas como a concorrência na equipe suíça é grande, não é difícil que Bianchi fique na Marussia por um terceiro ano. O companheiro de equipe pode ser Max Chilton ou qualquer um que pague mais que ele. Alexander Rossi recentemente assinou para ser reserva da escuderia, embora não tenha o orçamento necessário para ser titular e Jolyon Palmer, atual líder da GP2, também é especulado.

Sauber
Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez
O péssimo ano da Sauber, que não marcou pontos até agora, pode custar a cabeça dos dois pilotos para 2015. E candidatos não faltam para isso. O time tem uma longa lista de reservas – Simona de Silvestro, Giedo van der Garde e Sergey Sirotkin – e pode escolher qualquer um para ser titular.
Neste momento, Simona é apontada como favorita e pode se tornar a primeira mulher a competir em um GP em mais de duas décadas. Sirotkin vem tendo um ano de altos e baixos na World Series by Renault, ocupando a quinta colocação na tabela e já tendo vencido uma vez, enquanto Van der Garde conta com a experiência de já ter sido titular de outra escuderia na F1. Todos eles também são impulsionados por bons patrocinadores pessoais.
Além disso, por causa do vínculo com a Ferrari, não é impossível que Bianchi ganhe a promoção. De qualquer forma, a menos que a Sauber tenha uma reação impressionante nesta segunda metade da temporada, muito possivelmente as vagas para o ano que vem sejam definidas pela melhor relação dinheiro/desempenho dos candidatos.
Caterham
Marcus Ericsson e André Lotterer
Eu realmente gostaria de ver Lotterer efetivado na Caterham para 2015. Na verdade, ele merece um carro melhor por tudo o que já fez na carreira, mas correr com o time malaio também seria uma boa oportunidade. Só que duvido que a Audi vá liberá-lo – mesmo apenas para as etapas em que não haja conflito de datas com o WEC – ou a Caterham esteja disposta a pagar o preço para tirá-lo de Ingolstadt.
Conhecendo Colin Kolles, as vagas para 2014 estão indefinidas e devem ser preenchidas por uma combinação de dinheiro dos candidatos e chances para velhos conhecidos do dirigente, como Sakon Yamamoto, Giorgio Mondini, Narain Karthikeyan e Adrian Sutil… que coincidentemente deverá estar no mercado.
Para ver a primeira parte do mercado de pilotos da F1 2015 basta clicar aqui.