
Não é de hoje que Jonathan Palmer está envolvido no mundo das categorias de base. Antes de criar a F4 Inglesa, o ex-piloto da F1 já esteve por trás dos projetos da F2 e da F-Palmer-Audi, um campeonato menor que era disputado na Inglaterra – e em outras pistas da Europa – entre 1998 e 2010.
Apesar da pouca significância internacional, a F-Palmer-Audi, na verdade, foi uma das principais portas de entrada para a Indy. A vocação começou em 1998, quando Justin Wilson venceu o certame de estreia. Depois, foi preciso esperar mais 11 anos, até 2009, para ver outros pilotos seguirem o mesmo caminho.
É que Josef Newgarden foi o vencedor das primeiras etapas daquele ano, em um campeonato que também contou com Tristan Vautier. Curiosamente, os dois foram campeões da Indy Lights em 2011 e 2012 e conseguiram a promoção para a Indy.
No entanto, Vautier acabou fora da principal categoria americana após uma única temporada, enquanto Newgarden, mesmo tendo mostrado bom desempenho em algumas corridas, parece estar preso em uma equipe pequena – a de Sarah Fisher – sem maiores chances de mudança de cenário.
Quem pode mudar esse retrospecto é outro piloto que fez parte do grid da Palmer-Audi em 2009, o goiano Danilo Estrela, que tinha 15 anos naquela época. Desde então, o brasileiro mudou o foco da carreira para os Estados Unidos, tendo feito bastante sucesso nos campeonatos da Skip Barber e disputado o título da USF2000 – o primeiro passo do programa Road to Indy – na última temporada.

Para 2014, Estrela anunciou que segue na USF2000. E o piloto pode ter bons motivos para ficar otimista. É que ele será piloto da equipe Cape w/ Wayne Taylor, atual bicampeã do certame. Para se ter ideia do domínio do time, além de ter levado Matthew Brabham e Scott Hargrove ao título, a escuderia só não venceu seis das 28 provas disputadas nesse período.
Uma das derrotas, aliás, aconteceu justamente para Estrela, que ganhou a segunda prova da etapa de Toronto no ano passado quando competia pela Belardi.
Por esse motivo, o brasileiro é favorito absoluto ao título de 2014. Isso, no entanto, não quer dizer que a taça já esteja garantida. Pelo contrário, se quiser ser campeão, o piloto precisará superar o companheiro de equipe, Jake Eidson Jr, um velho conhecido da época da Skip Barber, mas que tem a desvantagem de estrear na USF2000 neste ano.
Outros adversários de peso são o quarteto da própria Belardi, o trio da JAY e Austin Cindric, filho do presidente da Penske, Tim Cindric.
Quem também pode atrapalhar os planos de Estrela é o compatriota Victor Franzoni. O brasileiro estreia no campeonato neste ano após passar duas temporadas na Europa e vai assumir um dos carros da Afterburn, equipe que conseguiu dois triunfos no ano passado, o que não deixa de ser algo expressivo dado o domínio da Cape.
Os carros da USF2000 vão à pista já nesta sexta-feira, dia 21, em New Orleans para enfrentar os Saints para a primeira etapa do Winterfest.
Minha aposta é Victor Franzoni !! Sangue bom !!
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