
Há alguns anos a Nascar apareceu como uma boa alternativa para a profissionalização dos pilotos ao redor do mundo. Com a categoria americana ganhando mercado fora dos Estados Unidos – principalmente na América Latina e na Europa – a presença de estrangeiros no certame se tornou comum.
Assim, a lista de quem tentou uma nova vida nos ovais não parou de crescer. Começando por Juan Pablo Montoya, nomes como Jacques Villeneuve, Dario Franchitti, Max Papis, Kimi Raikkonen, Narain Karthikeyan e até mesmo o campeão da World Series by Renault de 2006, Alx Danielsson, chegaram a competir nos Estados Unidos.
Só que foram poucos os nomes que conseguiram aproveitar essa expansão. Montoya, sem dúvida nenhuma, foi quem teve a carreira mais duradoura tendo competido na Nascar de 2007 a 2013. O colombiano, porém, deixou a categoria no fim do ano passado e acertou o retorno aos monopostos e à Indy pela Penske.
Villeneuve, Franchitti e Papis também acabaram buscando novas categorias, enquanto Raikkonen e Karthikeyan conseguiram retornar à F1.

Quem também não aproveitou esse sucesso da Nascar em outros lugares do mundo foram os pilotos brasileiros. Nos últimos anos, Nelsinho Piquet e Miguel Paludo competiram de forma integral nos EUA.
Após três temporadas na Truck Series e outra na Nascar East, Paludo já anunciou que não vai competir de forma integral em 2014, embora ainda espere competir em uma corrida aqui e outra ali.
Piquet, por sua vez, não divulgou planos para o ano, mas deu uma entrevista neste último fim de semana – à Jovem Pan, salvo engano – que vai começar o ano na Nascar, mas a partir de setembro o foco será correr na nova F-E, aquele campeonato de carros elétricos.
“Meu principal patrocinador, Worx, perdeu o interesse na Nascar, e eles estão tentando entrar na F-E”, disse o brasileiro.
Contudo, enquanto alguns pilotos saem da Nascar, outros chegam à categoria norte-americana. Filho do vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 1998, Eddie Cheever III anunciou na última semana que vai disputar a divisão elite da Nascar Europeia pela equipe italiana CAAL. O objetivo do garoto de 20 anos é disputar uma Daytona 500.
A Nascar Europeia foi uma daquelas categorias que surgiram por causa da expansão da Nascar. O campeonato conseguiu misturar alguns aspectos das corridas nos Estados Unidos – como a presença de carros como o Camaro, Impala e Mustang, além de provas em ovais – com a cultura europeia, andando em pistas tradicionais como Spa-Francorchamps, Brands Hatch e Le Mans.
Quem também está fechado para correr na Nascar Europeia em 2014 é Max Papis.
Pelo o que eu saiba, o foco do Nelsinho para esse ano é o Global Rally Cross e etapas da Nascar quando o calendário permitir. Ou ele mudou o alvo para a F-E, ou o inverso?
Fica a lição, mais vale uma equipe grande na Truck que uma media na Nationwide.
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