A F1 não tem sido tão F1 nos últimos dias. Depois de anunciar a pontuação dobrada para o GP de Abu Dhabi do ano que vem e a numeração fixa para os pilotos ao longo da carreira, a categoria voltou a surpreender nesta quarta-feira, dia 11, é abriu inscrições para uma nova equipe entrar na categoria em 2015 ou 2016.
Essa nova medida é uma indicação de que a fusão entre Marussia e Sauber realmente pode acontecer. Com isso, teríamos uma ou duas temporadas com apenas 20 carros, mas a situação melhoraria em um curto prazo. Além disso, o tempo dado pela FIA é bem razoável para que uma escuderia consiga se estabelecer.
Por causa disso, resolvi listar aqui no World of Motorsport 5 times que têm chances de se juntar à F1 na teoria. Só que , infelizmente, como o automobilismo nunca segue o que faz sentido, provavelmente nenhum deles vai estar no grid de 2015 e 2016.
5) ART Grand Prix
Nicolas Todt já é um dos homens mais poderosos do paddock da F1. Empresário de Felipe Massa, Pastor Maldonado, James Calado e Jules Bianchi, o francês tem nas mãos o poder de decidir as duplas de mais de um terço do grid. Assim, o próximo passo lógico é que expandisse a influência na categoria levando a própria equipe para o campeonato.
Na realidade, isso quase aconteceu há três anos. Naquela época, a Michelin negociava com a FIA para retornar a fornecer os pneus da F1 e, caso conseguisse, iria ter na ART uma espécie de equipe de fábrica. Como a entidade internacional preferiu manter uma fornecedora única – a Pirelli –, o acordo não deu certo, e os planos da escuderia francesa ficaram pelo caminho.
Mas como a Pirelli já não está muito satisfeita com o momento que vive na F1, cercada de muitas críticas por fabricar um pneu exatamente como havia sido solicitada, a empresa italiana pode deixar o campeonato, abrindo caminho para a Michelin e, consequentemente, a ART.
4) Superfund
Quando a F1 abriu o processo que levou Marussia, Caterham e HRT à categoria, em 2010, uma das equipes apontadas como favorita à vaga era a Superfund. Capitaneada por Alex Wurz (ex-Benetton e Williams), a escuderia contava com um bom apoio financeiro do tal fundo internacional de investimentos que lhe dava nome.
Embora daquela vez a escuderia tenha ficado pelo meio do caminho, nada impede que ela retorne dessa vez de olho em uma das vagas. Para isso, ela tem um trunfo. Wurz agora é funcionário da FIA – um dos professores do Instituto da entidade – e conta com um bom apoio dentro da entidade.
O problema é que o fundo viveu momentos delicados durante a recente crise econômica global, o que pode tornar a entrada da F1 um supérfluo.
3) JAS/Nakajima/Mugen
Em uma situação não muito complicada, quem pode aparecer como equipe própria na F1, no futuro é a Honda. Como a montadora nipônica retorna ao campeonato a partir de 2015 como parceira da McLaren, nada impede que ela inscreva um time satélite para ajudar a escuderia de Woking no desenvolvimento dos propulsores.
Na verdade, isso até já aconteceu. Basta lembrar que a Super Aguri servia como uma equipe B da Honda, na mais recente passagem da fabricante pela F1. Dessa vez, a montadora pode escolher trazer a JAS, que inscreve os Civic de fábrica no WTCC, ou a Nakajima e a Mugen, vindas da F-Nippon (Super Formula).
2) Dams
Já virou uma tradição: a cada ano, a escuderia francesa localizada nas proximidades de Le Mans resolve participar de um campeonato diferente. Foi assim com a World Series by Renault, em 2012; a Porsche Supercup, neste ano e a F-E a partir do ano que vem. Ou seja, falta alguma coisa para 2015, então por que não a F1?
Para isso a escuderia pode contar com alguns apoios importantes. O presidente da FIA, Jean Todt, é francês, diversos patrocinadores do campeonato (como Renault ou Total) vem dessa região do mundo e o time é especialista em revelar não só pilotos (a exemplo de Kamui Kobayashi e Romain Grosjean), mas também dirigentes, como Eric Boullier.
O problema é juntar tudo isso e colocar um orçamento que a permita participar da F1 de uma forma minimamente competitiva, o que é o maior pesadelo para qualquer time novo.
1) SMP
A SMP tem se tornado, à surdina, um dos principais nomes do automobilismo. O banco russo, cujo um dos diretores é aficionado pelas corridas de carro, tem investido pesadamente nas categorias de base (e também nas profissionais) e já começa a colher resultados, como o título da European Le Mans Series.
Com mais de 50 pilotos com contrato, a esquadra no ano que vem vai estar presente na Indy, apoiando Mikhail Aleshin na Sam Schmidt. Depois de ter investido em Daniil Kvyat no começo de 2013, a F1 parece o passo mais lógico para o banco. E nada melhor que o processo de inscrição da FIA para dar o último empurrãozinho que faltava.
O maior trunfo do SMP é o ambiente positivo na própria Rússia. Caso o banco consiga fazer parcerias com empresas estatais locais e com outras já envolvidas no esporte, background técnico e financeiro não será problema.
monaco 96
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Eu achei interessante seria legal se essas equipes entrasse na f1 em 2016
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Bem Felipe, será legal além destas sugestões de equipes que você sugeriu os novos times terem o apoio de outras montadoras para o fornecimento de motores que não estão agrupados no cenário da F1 como: Toyota, BMW, Hart, Ford, Peugeot, Yamaha…
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Gostaria de ver a Carlin nesta lista. Dominam a F3 inglesa e estão tentando a sorte na GP2 com competência.
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Nas circunstancias atuais, acho dificil alguem entrar na F-1 partindo de um quase zero, como as equipes acimas citadas. Mas, se a FIA autorizar a venda de chassis, podemos ter novas inscrições como dos Andretti dos EUA. Acho que a F-1 tem se concentrar na redução de custos, teto orçamentário e mais maneabilidade das equipes e da FIA, pois até uma das equipes consideradas grandes – a Lotus – anda em dificuldades. Um campeonato com 10 ou 11 equipes na atual situação tornará a F-1 menos competitiva e mais previsível.,
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Nenhuma outra equipe no mundo merece tanto a F1 quanto a Dams. Criada e mantida por garagistas, com experiência vencedora em praticamente todas as categorias e, talvez, a maior reveladora de talentos para a categoria máxima de todos os tempos.
Na minha opinião, a FIA tem o dever de privilegiar equipes estabelecidas e com historia vencedora nas categorias de base.
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A Dams chegou a fazer um F-1 para disputar a temporada de 1996, com os pilotos Erik Comas e o brasileiro Tarso Marques (piloto da equipe na F-3000 em 95), mas acabou desistindo da ideia apos os primeiros testes no final de 95, e voltando a concentrar-se apenas nas categorias de acesso. Aqui tem uma foto do carro: http://data.motor-talk.de/data/galleries/0/11/5749/11862124/dams-01-11213.jpg
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Sim, André, já conhecia a historia. Se não me engano, esse carro foi desenvolvido pela então poderosa Reynard, mas logo no começo dos testes se mostrou muito lento.
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