
Eu já comentei aqui no World of Motorsport que Felipe Guimarães vem tendo mais dificuldades do que deveria na temporada 2013 da F3 Sudamericana. Desde o começo do ano, já tinha ficado claro que o piloto radicado em Brasília estava um nível acima do restante do grid da categoria, mas, mesmo assim, ele chegou a perder a liderança do campeonato para Raphael Raucci, devido a quebras e abandonos.
Entretanto, a situação foi bem diferente no último fim de semana, em Tarumã, na disputa da sétima etapa. Embora Guimarães tenha perdido a pole-position para Bruno Etman, o piloto da Hitech se recuperou e venceu as duas baterias. Como Raucci não foi bem – incluindo um abandono na prova complementar –, Felipe disparou na liderança do campeonato, com 220 pontos, contra 186 do adversário.
Mais do que a liderança isolada na tabela, os dois triunfos no Rio Grande do Sul colocaram Guimarães como o sétimo piloto do mundo que mais venceu em 2013, segundo o site Driver Database. Ele já soma 15 vitórias no ano e perde apenas para nomes como Dan Cammish e Kyle Busch.
Antes de mais nada, há um problema com a metodologia do site. Ele funciona mais ou menos como a Wikipedia, então qualquer pessoa pode adicionar resultados lá. Ou seja, enquanto alguns campeonatos amadores dos Estados Unidos, Inglaterra e Nova Zelândia têm ampla cobertura, torneios da mesma proporção em outros lugares do mundo são ignorados. Portanto, é bem possível que mais pilotos ao redor do globo tenham superado a marca de 15 triunfos.
Isso, no entanto, não tira o mérito do brasileiro. Pelo contrário, como o site é aberto para resultado de qualquer campeonato, ele acaba atrás de gente como Donny Schatz, Pierre Tonetti, Billy Balog e Jonathan Allard, completos desconhecidos do grande público. Muitos desses pilotos correm de Sprint Cars e World of Outlaws, tendo disputado quase uma centena de corridas no ano.

Voltando a Guimarães, das 15 vitórias no ano, 11 vieram na F3 Sudam, outras duas no F3 Brazil Open e mais duas na F3 Inglesa. Como participou de 30 provas neste ano, o aproveitamento é de 50%.
E Felipe não foi o único piloto da Hitech que pôde comemorar em Tarumã. Quem também teve um desempenho positivo foi Gustavo Myasava. Após um começo de campeonato irregular, o cascavelense chegou a liderar uma das sessões de treinos livres e ainda terminou as duas corridas na segunda colocação, ficando apenas 1s atrás de Guimarães na primeira bateria.
Curiosamente, o melhor resultado de Myasava na F3 veio exatamente um ano depois de estrear na MRF 2000, na Índia, onde ele disputou a temporada regular em 2013.
Números interessantes… Alguma ideia sobre o futuro do Felipe Guimarães no ano que vem? Vai para a Europa, os EUA, ficará por aqui?
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