
Com Fernando Alonso e Kimi Raikkonen confirmados para a temporada 2014 da F1, a Ferrari mais um vez vem mostrando que não dá muito espaço para jovens pilotos. Isso, entretanto, não quer dizer que o pessoal em Maranello não esteja comemorando os resultados alcançados pela Academia da Ferrari neste ano.
É verdade que Raffaele Marciello lidera a F3 Europeia, mas quem vem se destacando dentro do programa é Antonio Fuoco. Aos 17 anos de idade, o jovem italiano fez a transição do kartismo para os monopostos e, no último fim de semana, conquistou o título da F-Renault Alps, com direito a dois pódios em Ímola.
Ao todo, no ano, o garoto disputou 14 corridas no certame, venceu cinco e subiu ao pódio em outras cinco. Também conquistou cinco poles e ficou conhecido por se envolver em vários acidentes com Bruno Bonifácio, na época que os dois disputavam o título (mas foram menos de cinco batidas com o brasileiro).
O bom desempenho de Fuoco fez com que a Academia da Ferrari estabelecesse passos maiores para 2014. Mesmo tendo acabado de sair do kartismo, o italiano é cotado para substituir Marciello na F3 no ano que vem. Embora o garoto já tenha mostrado muito talento e rápida adaptação a um carro mais pesado, a pergunta que fica é se a Ferrari não está dando um passo maior que a perna nesse momento.
Vale lembrar que no caso de Marciello, o próprio piloto saiu da F-Abarth para a F3 Italiana em apenas um ano e sofreu para se adaptar. Ele esteve perto de ser degolado pela Academia, mas conquistou bons resultados na F3 Euro e acabou ganhando a confiança do time.

Só que a F-Abarth que Marciello enfrentou tinha um grid competitivo, com seis equipes diferentes vencendo em 14 etapas. A F-Renault Alps deste ano, por outro lado, foi inteiramente dominada pela Prema. A escuderia de Angelo Rosin também disputou 14 provas, venceu todas, largou na pole em 13 e marcou 13 voltas mais rápidas.
E é possível questionar se a Prema era realmente dominante ou se os demais adversários eram muito fracos. Basta ver que o sexto colocado no campeonato, Pierre Gasly, disputou apenas três das sete rodadas duplas (e Kevin Joerg e Egor Orudzhev, quarto e quinto respectivamente, não terminaram tão na frente do francês).
Por isso, o passo natural para Fuoco talvez fosse competir na F-Renault Eurocup, por onde costumam passar os jovens pilotos de programas como Red Bull, McLaren, Lotus e Caterham. Na verdade, o italiano até disputou a etapa de Spa-Francorchamps do certame continental, conquistando dois top-5 e largando na pole uma vez. Mas ainda assim é muito pouco, levando em conta que a Prema foi dominante naquele fim de semana.
O que pesa a favor da Academia da Ferrari na decisão de apressar a carreira do pupilo é toda a estrutura que Maranello tem a oferecer. Além da expertise por já ter passado por isso com Marciello, recursos não faltam para desenvolver o garoto.
Bruno foi prejudicado no começo do ano pela perda de 25 pontos por causa de uma batida de Nyck de Vries, dando a vitória nas mão do Fuoco
sobre as batidas do Fuoco com o Bruno, três foram acidentes de corrida, em outras duas, apenas o Bruno foi punido com a perda de 5 posições na corrida de Misano! Em Monza, Fuoco fez uma manobra irregular, e não sofreu punições…estranho, pelo meu ponto de vista!
Seria injusto? Alps Italia? Ferrar driver?
enfim…parabens ao Fuoco, mas fica meu protesto pela organização ITALIANA do certame!!!
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