
A notícia mais surpreendente desta sexta-feira, dia 26, foi o anúncio de que Lucas Luhr, campeão do GT1 em 2011 e atual campeão da ALMS, vai disputar a etapa de Sonoma da Indy pela equipe de Sarah Fisher.
Essa notícia é realmente importante. Não só porque a Indy novamente conseguiu atrair um piloto com destaque em outra categoria – como já fez com AJ Allmendinger e Rubens Barrichello recentemente –, mas porque dá algumas pistas do que pode acontecer em 2014.
É que Luhr compete na ALMS com o patrocínio da empresa Muscle Milk, que vai manter o vínculo e bancá-lo durante a experiência em Sonoma. O problema é que a MM não está garantida no endurance no ano que vem, já que ALMS e Grand-Am vão se fundir e a classe LMP1, na qual compete, vai desaparecer.
Ou seja, a equipe de Luhr no endurance tem duas escolhas para 2014. A primeira é reverter o carro para as especificações da LMP2 e seguir correndo na nova categoria ou então se mudar para o WEC, o Mundial de Endurance, onde poderia escrever o HPD sem maiores restrições, embora seja um campeonato mais caro.
O anúncio de que seu principal piloto vai correr na Indy pode significar que a Muscle Milk encontrou uma terceira opção: largar as corridas de longa duração e se concentrar apenas na categoria norte-americana.
Entretanto, tudo não passa apenas de especulação até agora, e o futuro de Lucas Luhr e do patrocínio da Muscle Milk estão longe de serem definidos. A única coisa certa é que a presença do germânico na corrida de Sonoma será histórica, afinal, você lembra quando foi a última vez que um piloto da Alemanha disputou uma corrida da Indy?
Se você levar em conta apenas a IRL após a separação e não juntar com os dados da Champ Car após a fusão dos dois campeonatos, então isso nunca aconteceu. Luhr será o primeiro alemão a competir na história da Indy.
Essa estatística, no entanto, é um pouco torta, já que a própria Indy incorporou o histórico da Champ Car quando elas se juntaram. Daí, o histórico dos germânicos no certame é um pouco mais rico. Desde a criação da CART, em 1979, seis pilotos do país já correram na categoria.
Christian Danner teve duas passagens entre 1992 e 1997, Arnd Meier chegou a ser companheiro do compatriota na segunda, Michael Krumm disputou duas corridas pela Dale Coyne em 2001, André Lotterer, também pela Coyne, fez uma corrida no ano seguinte e, por fim, Timo Glock correu pela Rocketsports, em 2005, conquistando um pódio em Montreal.
Mas o último representante alemão na Indy foi Andreas Wirth. Nascido em 19 de novembro de 1984, o piloto começou a carreira aos 18 anos de idade na terra natal, competindo de F-BMW. Após duas temporadas razoáveis, quando subiu três vezes ao pódio, ele soube que a montadora americana estava expandindo o certame para os Estados Unidos e resolveu mudar radicalmente o caminho da carreira.

Competindo pela equipe HBR, também vinda da Europa, Wirth usou toda a experiência que tinha com os carros, venceu quatro corridas e terminou 11 vezes no pódio para ser campeão da nova categoria ao superar nomes como James Hinchcliffe, Jonathan Summerton e Graham Rahal.
Em 2005 e 2006, o piloto competiu na F-Atlantic, então principal categoria de entrada da Champ Car. Correndo pelas equipes Brooks e Forsythe, o alemão venceu três corridas e conquistou 13 pódios, terminando o segundo ano no certame com a terceira colocação. O desempenho foi o suficiente para chamar a atenção da Dale Coyne, que estava disposta em investir em mais um piloto da Alemanha.
Pelo pequeno time, Wirth fez duas corridas ainda em 2006. A melhor foi na estreia, em Surfer’s Paradise, quando o alemão terminou com a nona colocação. No encerramento da temporada, na Cidade do México, ele foi o 15º após largar em último.
Depois dessas duas corridas, ele ainda chegou a retornar à F-Atlantic pela Brooks, mas nos últimos quatro anos retornou à Alemanha onde compete no principal certame de GT de lá. Ele chegou a ser parceiro de Heinz-Harald Frentzen em algumas corridas e agora divide um Corvette com o veterano Christian Hohenadel.
Me lembrei da equipe pela qual o Danner competia, a Project Indy, que existia para trazer pilotos europeus para o certame, bons tempos da Indy aqueles.
CurtirCurtir
Esse HPD nao estara nas regras do WEC 2014, como LMP1.
CurtirCurtir