Helio Castroneves não foi o único brasileiro que teve motivos para comemorar após a etapa da Indy em Toronto. Enquanto o piloto da Penske segue líder do campeonato e vai se aproximando do primeiro título da carreira, na USF2000, o primeiro passo do programa Road to Indy, outro piloto do país saiu da etapa canadense em alta.
Competindo pela equipe Belardi, Danilo Estrela conquistou a primeira vitória na categoria, neste domingo, na segunda bateria disputada nas ruas do Canadá. Para terminar na frente, o brasileiro largou na segunda colocação, mas acabou perdendo uma posição logo no começo. Apesar disso, contando com um carro bem ajustado, o goiano acelerou forte e conseguiu assumir a ponta na volta 17 ao superar Neil Alberico, vencedor da corrida do sábado.
A partir daí, Estrela apenas precisou administrar a vantagem nas quatro voltas restantes para receber a bandeira quadriculada com uma vantagem de 1s1 para o líder do campeonato, Scott Hargrove.
Além de ter sido o primeiro triunfo de Estrela no campeonato, essa também foi a primeira vitória de um piloto do Brasil no certame desde que ele foi recriado, em 2010. Vinícius Perdigão, em 2011, chegou a ganhar uma das corridas em Sebring, mas era válida pelo torneio de inverno, e apenas seis competidores estiveram presentes naquela prova.
Com o resultado de Toronto, Danilo subiu para a segunda colocação do campeonato, com 136 pontos. Hargrove segue na ponta com 173. Ainda há tempo para o piloto de Goiânia tentar brigar pela taça, já que metade do campeonato falta ser disputada.
Entretanto, mesmo que Estrela não consiga alcançar o adversário, ele já tem motivos para comemorar. Nesta temporada de estreia na USF2000, o brasileiro vem sendo um dos pilotos mais consistentes do grid. Mesmo com o carro da Belardi sendo reconhecidamente inferior aos da Cape Motorsport (de Hargrove e Alberico), Danilo terminou todas as corridas entre os quatro primeiros, menos a primeira bateria em São Petersburgo, quando se envolveu em um acidente, mas marcou a melhor volta da prova.
É claro que ainda é cedo para falar qualquer coisa, mas Estrela pode ser aquele primeiro sinal de renovação dos pilotos brasileiros na Indy, até porque Tony Kanaan e Castroneves não vão ficar no campeonato para sempre. E há bons motivos para o piloto goiano confiar nisso. É que antes de se mudar para os Estados Unidos, ele disputou três etapas da extinta F-Palmer Audi, em 2009.
Naquele grid estavam Tristan Vautier, que terminaria o ano em quarto, e Josef Newgarden. Coincidentemente, são os dois últimos campeões da Indy Lights e que hoje já estão tendo a oportunidade de mostrar serviço na categoria principal.
Além de Estrela, outros pilotos brasileiros estiveram neste fim de semana em Toronto. Ainda na USF2000, Felipe Donato terminou a corrida deste domingo em sétimo, enquanto Arthur Oliveira abandonou após terminar em 14º no sábado.
Já a Pro Mazda teve a estreia de Nicolas Costa, atual campeão da F-Abarth e primeiro vencedor da F-Futuro. O carioca não fez feio e terminou com a terceira colocação no sábado, superando o companheiro de equipe, Spencer Pigot. No domingo, Nicolas repetiu o terceiro posto, mas acabou punido por ultrapassar em bandeira amarela, caindo para a sexta posição.
A Pro Mazda volta à pista no próximo fim de semana, em Mosport, enquanto a USF2000 terá uma folga maior, já que a rodada seguinte acontece nos dias 3 e 4 de agosto, em Mid-Ohio.
Olhe, gente, Nao sei se o comentario aqui colocado com referencia ao capacete (“nao foi pintado, para poder vender e custear a proxima corrida e ao patrocinio que ateh hoje nao chegou”) esta correto. Danilo Estrela eh um piloto exemplar para todos aqueles que gostam deste esporte e para aqueles que desejam chegar a serem pilotos profissionais. Ele atua para si mesmo como preparador fisico, contador, gerente de marketing e como piloto. Nao tem ninguem para ajuda-lo exceto sua familia que eh de classe media e alguns poucos outros – nos quais eu me incluo muito modestamente. Ele corre sem patrocinio sim mas tem [vamos chamar assim] um suporte pelo qual ele colocou suas maos no fogo. Literalmente as duas maos.Numa expressao bem brasileira ele vai se virando, lutando e esperneando trazendo nas costas a equipe que cresce com ele pelo talento, garra, determinacao e esperteza. Espero que ele venca e entao estarei autorizado a contar o restante da historia. Enquanto isto estou certo que ele ficaria extremamente agradecido por qualquer indicacao de potenciais patrocinadores, suporte (endorsements) ou tipos de ajuda para o desafio diario pelo qual ele briga para se manter correndo. Ateh o momento ele merece os bons resultados e as “brigas” que ele se mete. Todos nos envolvidos na plataforma Road to Indy (incluindo os pilotos brasileiros – companheiros mas nao adversarios) – torcem por ele e ele pelos outros. Saudacoes a todos.
Sim, claro, ia esquecendo: capacetes tem vencimento e o tempo que leva para ser pintado pode ultrapassar a trinta dias, dependendo do desenho.
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Muito bom o Danilo Estrela ter vencido. A situação brasileira no automobilismo é muito crítica tanto na Europa como nos Estados Unidos. Tanto a vitória de Estrela como o terceiro lugar de Nicolas Costa podem ser interpretados como uma luz no fim do túnel numa esperança de renovação.
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Mas o Victor Carbone não foi campeão deste certame em 2010, eu lembro que ele venceu umas corridas!
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Ele foi campeão da F2000, não da USF2000
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Ahn! Pensei que fosse o mesmo campeonato.
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Engracado que o macacao dele está com a bandeira Yanque. E o capacete sem nenhuma pintura, nem patrocinador.
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bem notado. tempo$ difícei$ não?
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No macacão existem as duas bandeiras. Foi uma forma de agradar “gregos e troianos ” na ilusão de se conseguir patrocínio que até hoje não chegou. Capacete não foi pintado, para poder vender e custear a próxima corrida. .
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