
Enquanto a F1 estava em Montreal para a disputa do GP do Canadá, no último fim de semana, diversas outras categorias corriam ao redor do globo. Uma delas foi a Adac Masters, equivalente alemão da F-Renault, que esteve em Sachsenring para a disputa da terceira etapa da temporada 2013. O fim de semana mais uma vez teve o domínio de Alessio Picariello e marcou a primeira vitória de Beitske Visser como representante do Red Bull Junior Team.
O bom desempenho da holandesa começou a se desenhar na segunda bateria da rodada tripla, quando a pilota optou por largar com pneus para pista molhada. Como a chuva deu as caras, ela rapidamente avançou até a terceira colocação, mas começou a perder rendimento conforme a pista ia secando. Ainda assim, ela fechou na sétima posição.
O resultado foi o suficiente para promovê-la à pole-position da terceira bateria, disputada com a regra do grid invertido. Se aproveitando das condições complicadas da pista, Beitske manteve uma vantagem confortável para Hendrik Grapp e contou com a bandeira vermelha – por causa da tempestade – para ficar com a vitória.
Apesar desses dois momentos de brilho no último fim de semana, o desempenho da pilota em 2013 tem sido bem fraco. Nas sete primeiras corridas do ano, ela conquistou o oitavo lugar – em quatro oportunidades – como melhor resultado e jamais brigou por pódios ou vitórias, ainda que tenha apresentado um ritmo de corrida melhor do que o de classificação.

Isso, porém, é muito pouco para alguém que já está no segundo ano na categoria e conta com o apoio de uma equipe da F1. E o desempenho dela antes da vitória realmente não era bom. Prova disso é que o outro piloto da Red Bull no certame, Callan O’Keeffe, estava na frente dela na tabela, mesmo estreando na categoria, mas acabou se envolvendo em um acidente na segunda prova de Sachsenring e não pôde somar pontos.
Além disso, também não dá para culpar o equipamento. Embora patrocinada pela Red Bull, Beitske compete pela Lotus, time campeão no ano passado com Marvin Kirchhöfer e vice-campeão de 2011 com Emil Bernstorff. Ainda que o desempenho da escuderia anglo-alemã em 2013 não seja tão bom quanto nos anteriores, os outros dois pilotos do time – Indy Dontje (sexto) e Mikkel Jensen (oitavo) estão melhores classificados e já conseguiram subir ao pódio sem precisar da regra do grid invertido.
Beitske, entretanto, ainda tem tempo suficiente para dar a volta por cima em 2013. Restam cinco etapas pra o fim do ano, e a Lotus já mostrou que tem equipamento ao menos para lutar por top-5 constantes. E, pelo que conhecemos da Red Bull, uma temporada sem resultados de destaque e longe da luta pelo título pode ser o suficiente para que o futuro de Visser no Junior Team fique ameaçado.
A pilota vence em condições extremamente difíceis e o autor do post ainda diz: “Se aproveitando das condições complicadas da pista, Beitske manteve uma vantagem confortável para Hendrik Grapp e contou com a bandeira vermelha – por causa da tempestade – para ficar com a vitória.” Fico impressionado como o machismo dificulta o reconhecimento do talento das mulheres no automobilismo. Acredito que Beistske Visser deveria estar sendo reverenciada por ter vencido diante dessas condições extremas sobre todos os marmanjos que o jornalista considera tão bons pilotos e ainda assim não conseguiram triunfar. Só conseguem ver o copo meio vazio ao invés de meio cheio. Caramba!!!
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Cada louco que aparece
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Acho que ainda vai demorar para aparecer uma mulher que pilote ao nível de Vettel, Alonso e cia.Beitske Visser é uma aposta da Red Bull, mas ao que parece não vai para a frente.
Sabemos também que o velho Ecclestone está a tempos buscando uma mulher para pilotar na F-1, mas das atuais apenas uma teria condições de pilotar: a suíça Simona de Silvestro, mas esta já se firmou na Indy e não vai querer saber de voltar a Europa
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